O Pescador
Levanto cedo,
com o sol clarinho,
tomo meu cafezinho,
e os apetrechos
vou arrumar.
Pego a enxada
e meu chapéu de palha
pra me proteger do sol,
e as minhocas
vou arrancar.
Sentado
debaixo da árvore,
admirando a paisagem,
garças, biguá
e socós,
vêm me saudar.
Pulando na beira do rio,
lambaris e piabas,
debaixo dos seixos,
mandis e cascudos,
minha rede vou armar.
Jogo o anzol no rio,
acendo meu cigarrinho
e fico ali a meditar.
Uma fisgada na vara,
é um lambari
que fora d´água vai ficar.
Um a um, no covo vou guardar.