A PACIENTE
Quando a ambulância do resgate chegou ao hospital.
Marta uma paciente de vinte e três anos solteira, estudante de direito que esta internada no quarto seis por ter caído com sua moto e fraturado no fêmur, ouviu o som da sirene e ficou ali pensando com seus botões.
Enquanto La fora Deise uma senhora de seus cinqüenta e cinco anos, cabelos negros e longos, maçãs do rosto de belos formatos que escondia deveras sua idade, já aguardava a chegada de sua filha Denise e de seu netinho Áureo, que haviam sofrido serio acidente devido a imprudência de um motorista.
-Deus do céu! Como esta minha filha, pergunta Deise, muito aflita para a paramédica.
-Sua filha esta bem! Senhora sofreu apenas um corte na cabeça e fraturas nas pernas, mas vai ficar melhor, responde Ana.
Ana é uma profissional dedicada e atenciosa, que há muitos anos se dedica a profissão de paramédica.
Estava com Áureo nos braços.
Que ao ver a avó sorriu e esticou os braços querendo seu colo.
-Venha Filhinho com a vovó, ta tudo bem, vovó vai cuidar de você, meu anjo.
Nisso Ana se agilizou a levar Denise para dentro pois necessitava de ser operada devido a grave fratura nas pernas.
Deise acompanhou Denise, mais foi impedida a adentrar, ficando ali com o neto na recepção.
Alguns minutos depois Ana retornou procurando Deise.
- Vó aconselho a senhora ir para casa , fique tranqüilo , estamos preparando a cirurgia da Denise tudo vai correr bem , assim que possível o hospital entra em contato com a família.
- Vou pedir e deixar algumas informações na recepção para possível contato...Disse Deise para Ana.
Nesse mesmo dia Denise foi operada, a cirurgia foi um sucesso.
Denise foi levada para o quarto seis onde havia um leito disponível o quarto em que Marta, estava já a alguns dias.
Já deitada naquele leito hospitalar com as duas pernas totalmente Imobilizadas, viu que na cama ao lado estava outra pessoa com uma das pernas com vários pinos e suspensa no ar.
-nossa! O que aconteceu com sua perna pra colocarem tanto ferro assim nela; disse Denise assombrada, sem ao menos se apresentar.
-cai com minha moto ao fazer uma curva acentuada, a moto derrapou e deu nisto.
-desculpe pela curiosidade, meu nome é Denise, vai ser um prazer dividir este quarto com você.
-me chamo Marta, e o prazer é todo meu; apesar dos pesares estou feliz pela sua companhia, já faz alguns dias que estou aqui sozinha, já estava ficando entediada sem ter alguém pra conversar.
-e você o que ouve?
-um caminhão bateu em meu carro, por sorte não feriu meu filhinho.
-você tem um filho?
-sim! Ele tem três aninhos veio comigo, mas foi entregue para minha mãe, acredita já estou sentindo a falta dele.
Já era noite e tanto Marta como Denise se encontravam dormindo, o quarto estava silencioso porque as duas são muito tagarelas.
No outro dia cedo as duas foram despertadas pro remédio da manhã, e algumas horas depois o médico ortopedista veio consultar as duas e disse:
-Denise você ficara algumas semanas aqui, ate que haja boa recuperação de suas pernas.
-mais; está tudo bem doutor- perguntou Denise meio que temerosa.
O doutor Marcos era um cirurgião ortopedista bem conceituado, tinha seus sessenta e poucos anos e a muitos exercia com êxito sua função de medico.
-Esta tudo ótimo com suas pernas Denise, com o tempo elas vão voltar a ser como eram, alguns meses deitada, outros na muleta, algumas fisioterapias e vap, vão estar novinhas em folha.
- você também Marta, com muletas, fisioterapias, mas... Já vai estar pronta para ir pra casa, teve uma ótima recuperação por esses dias.
-obrigada Doutor Marcos, agradeceu Marta aliviada por ter recebido alta depois de tantos dias ali internada.
Denise logo percebeu que iria ficar só naquele quarto e pensou logo no que Marta havia lhe dito quando chegara, em como ficara entediada sem ter alguém com quem falar, ficaria ali a espera da visita.
De algum parente, de algum amigo, de sua mãe Deise com seu filhinho Áureo. Suspirou fundo olhando pro teto e murmurou consigo mesma:
-Deus me dê paciência para ser paciente neste hospital