Guardo com carinho boas lembranças da minha infância; vivida na cidade interiorana dos Palmares/PE. Na época à nossa casa situada na rua Maurity, N,º 400, registrou o que de mais nobre, pode perdurar na mente inocente de uma criança.
Por trás do quintal da nossa casa passava, ainda passa, o rio Una, onde pesquei piabas, que lutavam por liberdade, como bandeiras prateadas nos mastros, ao vento.
Às tardes, eu sempre pedia à mamãe para ir à casa dos meus avós maternos. Quando eu chegava à porta da casa da minha vó Luíza... sentia o cheiro das cocadas que ela fazia, para entregar nas “Docerias” da cidade. A minha avó passava boa parte das tardes na cozinha fazendo cocadas. E, eu pertinho, ansiando pelas sobras quentes, que ela tirava da tábua.
Os meus avós possuiam um papagaio falador que, não calava um minuto. Cantava o Hino Nacional e tudo quanto ele ouvia.
Vovô fingia brigar com a minha vó Luíza e grande era a barulhada que o papagaio fazia. Gritava histérico: – Solta ela, solta ela, Máximo!
O meu avó se chamava Francisco Máximo. Ficávamos às gargalhadas... e, ele – o papagaio – gargalhava junto.
Que saudade!
Percebo, o quão importante é na vida de uma criança o seu dia a dia, em família. Nada é pequeno ou sem importância. Os pequeníssimos acontecimentos contam, que sejam bons ou não.
O tempo é implacável! Não podemos detê-lo, tampouco fazê-lo retroceder. Se eu pudesse voltar o tempo... certamente, cuidaria para que os meus filhos guardassem, em suas mentes, quadros muito mais belos.
Por experiência própria, hoje, sei... Somos álbuns vivos.
Cada fato faz a diferença na revelação da foto.
Recife,
O trabalho: REGISTRO PERPÉTUO, está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Por trás do quintal da nossa casa passava, ainda passa, o rio Una, onde pesquei piabas, que lutavam por liberdade, como bandeiras prateadas nos mastros, ao vento.
Às tardes, eu sempre pedia à mamãe para ir à casa dos meus avós maternos. Quando eu chegava à porta da casa da minha vó Luíza... sentia o cheiro das cocadas que ela fazia, para entregar nas “Docerias” da cidade. A minha avó passava boa parte das tardes na cozinha fazendo cocadas. E, eu pertinho, ansiando pelas sobras quentes, que ela tirava da tábua.
Os meus avós possuiam um papagaio falador que, não calava um minuto. Cantava o Hino Nacional e tudo quanto ele ouvia.
Vovô fingia brigar com a minha vó Luíza e grande era a barulhada que o papagaio fazia. Gritava histérico: – Solta ela, solta ela, Máximo!
O meu avó se chamava Francisco Máximo. Ficávamos às gargalhadas... e, ele – o papagaio – gargalhava junto.
Que saudade!
Percebo, o quão importante é na vida de uma criança o seu dia a dia, em família. Nada é pequeno ou sem importância. Os pequeníssimos acontecimentos contam, que sejam bons ou não.
O tempo é implacável! Não podemos detê-lo, tampouco fazê-lo retroceder. Se eu pudesse voltar o tempo... certamente, cuidaria para que os meus filhos guardassem, em suas mentes, quadros muito mais belos.
Por experiência própria, hoje, sei... Somos álbuns vivos.
Cada fato faz a diferença na revelação da foto.
Recife,
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