Noites de Fevereiro
“ vida é breve, longa é a arte diziam os gregos”. É a primeira coisa que passa em sua cabeça por motivos desconhecidos, talvez ele tenha ouvido essa frase em algum vídeo de história quando estudava no ensino médio.
Logo que seus olhos se abrem, vem a dor de cabeça, ah aquela dor de cabeça, seguido de um momento em que a noite anterior passa pela sua mente em 3 segundos.
- E arrependimentos é o que temos pra hoje – Diz pra si mesmo.
Antes que ele pudesse levantar a cabeça ele ouve um grito atrás dele
- aaah – Diz homem misterioso atrás dele
Jimmy, então pensa em se virar pra trás, mas dor estonteante que causa em seu pescoço o faz desistir.
Nesse momento acontece um marco na história do pequeno Jimmy, ele começa criar questionamentos relevantes em sua mente, e liga-los para achar uma resposta ao que estava acontecendo:
Onde eu estou? – Foi o primeiro que logo foi emendado no:
Como eu vim parar aqui? – Seguido de uma interjeição:
Merda! – E uma boa pergunta:
O que aconteceu ontem à noite? – E mais um detalhe que valia a pena ser checado:
Aquilo no meu pé é sangue?
- AAAAh, meu dedão
A dor de cabeça já não incomodava mais
- aaaaaah – Diz homem misterioso atrás dele
Era sangue, e 9 dedos, um deles jaz esquecido em algum lugar, mas havia sido feito um curativo com gaze, o que fazia com que seu dedão faltando ficasse até elegante na medida do possível.
No entanto ainda doía como perder um dedão
Ele decide se levantar, começar a procurar respostas às outras perguntas além da do sangue no pé. Nesse momento ele vê as suas roupas e lembra de ter saído para a festa com elas, isso era bom, quanto mais informações ele captasse, melhor acharia respostas. A festa ao qual ele tinha ido se chamava “a redenção do diabo” e ficava em algum lugar perto daquela rua, onde ficam as lojas de quadrinhos de dia, bares a noite.
Nesse momento acontece o segundo marco na história de pequeno Jimmy, sua mente começa a procurar respostas às suas antigas perguntas:
É isso, eu to no cemitério da cidade – Essa informação foi obtida por meio de seus olhos.
Uma garota estranha que a gente conheceu no convidou pra vir – Já essa foi a sua memória que captou.
O que aconteceu ontem á noite? – Essa questão ainda não havia sido respondida.
- aaaaah – Homem misterioso atrás dele
Caraca, é o Stuart – Virando-se pra trás ele se lembra do amigo.
- Stu, mano, levanta... Acho que a gente fez alguma merda ontem a noite.
- aan? Minha cabeça gira, meu estômago dói, meu pé, nunca mais eu bebo desse jeito, entende, eu prefiro ficar deitado, até um milagre acontecer. – Diz Stuart
Nesse momento Jimmy, se perguntou por que o pé dele poderia estar doendo, mas acho melhor esquecer o assunto
- Talvez você esteja certo, mas me diz o que vc lembra sobre ontem.
- Ontem a noite? ... a gente foi na festa
- Sim, e depois disso?
- A gente bebeu pra caralho
- Mais pra frente
- A gente acordou aqui!
- Não, antes disso
- Ah você tava tentando impressionar aquela mina de cabelo verde.
- Isso, Isso, que mais?
- Você desafiou ela lembra?
- Não muito bem, a fazer o que mesmo?
- A beber duas doses de tequila.
- Puxa, verdade, ela tava na minha haha, e ai eu peguei ela?
- Ai ela te desafiou cara
- haha a fazer o que?
- A arrancar seu dedo e enterrar no tumulo do vô dela.
- Mas que porra?? E como que eu fui fazer isso?? A gente não bebeu tanto assim.
- Ela te chamou de menininha.
Tantas perguntas respondidas, mas ainda não entendia alguns fatos como, por que eles tinham dormido no cemitério, e ele tinha transado com a garota. Ele pensou em fazer uma das perguntas pro seu amigo, já que ele parecia ter mais respostas:
-Stu, eu comi ela depois disso?
- hahaha, nem comeu mano, ela disse que você iria virar um vampiro das trevas e te deu uma bebida que ela tinha na bolsa, aquele frasquinho rosa.
- Frasquinho rosa?
- É mano, você disse que tinha gosto de framboesa, eu fiquei morrendo de vontade, mas ela disse que me daria um se eu fizesse um pequeno favor.
- Vish, que favor?
- Cortar meu dedo e enterrar nesse tumulo ai
- Ah mano, só por causa de uma bebida de framboesa?
-Não cara, eu recusei... mas ela me chamou de menininha.