EMIGRANTES CONTINUAÇÃO E FINAL DO CONTO OS EMIGRANTES

O Lopes era alfaiate numa aldeia, ganhava pouco. Vivia numa loja com a sua mulher e filhos e ia trabalhar como alfaiate numa casa, onde era mal pago, e nem sequer tinha dinheiro para sustentar a família e estar numa casa, ele vivia numa loja de gado, enquanto os mais abastados viviam luxuosamente. O Lopes, coitado, também sofria da vida. A sua vida era um inferno, era má e tenebrosa.

Ele passou a maior parte da sua vida a passar fome e a chorar da má sorte da vida. Então um dia ele teve uma grande decisão e foi para a Suiça e lá trabalhou como pedreiro, começou primeiro por ganhar menos, depois mais tarde começou a ganhar mais, e assim a sua família não vivia à fome.

A comida lá na Suiça era assim: sopa de cabelos, (Suiça) caldo de sangue (Suíço) arroz de moscas (suíço) massa de papelão, batatas de salsichas, sardinhas de metal, pescada de polvo, e outros peixes de mosquitos, pão de vinho, presunto de pedra, fiambre de borracha, fiambrino de manteiga, vinho de cabidela, etc.

O vestuário de lã e assim: casaco de papel, calças de vidro, camisolas de ferro, meias de arame , sapatos de metal, botas de cortina.

Os cabelos dele são de carvão, seus olhos doces, seu nariz como um bico de papagaio, sua boca como um orifício dum copo, suas orelhas como duas antenas de televisão, suas mãos como duas conchas, seus braços como asas, seus pés como pés duma cadeira, sua inteligência como um livro.

O José Maria encontrou-se com o Mário, com o Joaquim e o Lopes, antes de irem para o estrangeiro. O José Maria, conversou sobre assuntos de emigração, mas o Mário acrescentou que eles ainda não lhe deram a licença para embarcar para fora, então o Joaquim acreditou como um filho acreditou e declarou que eles só dão licença quando vier uma lei que diga em que dia pode embarcar, desde já o Lopes interviu dizendo que essa lei ,tem que vir o mais cedo possível como na madrugada, então eles esperavam algum tempo para que a lei saísse.

Quando o Mário se impôs com uma conversa séria, logo o Joaquim concordou prontamente. Mas o Lopes muito perplexo como se tivesse dúvida afirmou que era preciso lutar para que viesse essa lei. Enquanto o José Maria ficou muito abismado e lhe deu este recado, dizendo que todos eles têm que ouvir o camarada, porque tem um conselho a dizer e que é muito importante.

Então eles muitos curiosos, em saber o que ele vai dizer. A propósito diz-lhe o José Maria, decretando tal conselho, que todos eles deviam-se unir para a luta duma vida melhor e que é preciso serem organizados. Mas o Joaquim então responde que é muito importante defenderem pelo bem comum e ainda mais lutarem com mais vontade, não mostrar fraqueza nem cobardia, mas sim serem fortes , porque dos fracos não reza a história , e desistir é morrer. E morrer é próprio dos fracos, por isso é preciso lutar pela sua emigração e fora do nosso País, lutar pelo Mundo melhor.

FIM

DE FERNANDO RODRIGO MARTINS

PSEUDÓNIMO DE LUÍS COSTA

DE SEU NOME COMPLETO António Luís de Meireles Campos Costa

Este conto Emigrantes foi escrito em 29 de Abril de 1974 por isso peço compreensão e consideração muito para com o autor Tólu ou FERNANDO RODRIGO MARTINS PSEUDÓNIMO DE LUÍS COSTA E DE SEU NOME COMPLETO DE António Luís de Meireles Campos Costa peço imensa atenção, muito obrigado.

TÓLU
Enviado por TÓLU em 07/12/2015
Reeditado em 15/07/2016
Código do texto: T5472618
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