EMIGRANTES CONTINUAÇÃO DO MESMO CONTO OS EMIGRANTES
Mário era mecânico de automóveis e foi para como picheleiro e trabalhou nesse oficio como profissão, lá conseguiu ganhar muito mais e ter uma vida muito melhor.
Mário era um operário muito especializado. Vivia só na América, sua esposa e filhos viviam em Portugal.
Lá trabalhava a dobrar e a triplicar e a quadruplicar para ganhar mais dinheiro e dar uma vida melhor à sua esposa e mulher e filhos.
Mário trabalhava como um escravo, vivia num quarto como um desconhecido, passou lá as passas do Algarve, como um sofredor e comeu o pão que o diabo (capeta) amassou como um cão (cachorro) . Mário era muito inteligente conseguiu governar lá a sua vida. O Sol já se abraçava com as mãos do dia e na boca da noite, ao longe a barriga da serra cobria-se de línguas de nuvens, assim como o Vento batia com força na cabeça da madrugada. Então Mário observou a natureza como um espantalho. Nos braços da vida já os olhos das árvores estavam fechados quando nos degraus da Lua se via as estrelas contentes e nervosas, com os dentes dos planetas a mostrarem a chuva a dançar com a neve que está vestida de branco ia a neve toda bonita. Nos passeios da aurora, outrora se encontrava o Mário a Sonhar calmamente na inteligência do céu, na esperteza do mar, no pensamento dos rios, sonhava prolongadamente enquanto trabalhava como um mouro. Assim também lá na América de Cristóvão Colombo, tudo o Mundo era explorado.
Mário comia carne de papel, bifes de plástico, arroz de vidro, massa de pedra, batatas de cera, sardinhas de metal, pescada de prata, peixes de platina, e bebia vinho de madeira, comia pão de lã, presunto de borracha, fiambre de manteiga, fiambrino de pano, etc.
Vestia-se de calças ferros, camisas de arame, sapatos de porcelana, botas de água, casaco de renda. Seus cabelos como ondas do mar, seus olhos como duas azeitonas, seu nariz como uma pirâmide do Egipto, sua boca como uma vagina (boceta) , suas orelhas como duas asas de chávena de vento, suas mãos como tenazes, seus braços como braços do mar, seus pés como patas de macaco, sua inteligência como um intelectual.