EMIGRANTES CONTINUAÇÃO DO CONTO OS EMIGRANTES

Joaquim trabalhava como carpinteiro numa Serração desta cidade. Ele sofreu a exploração. O que ganhava mal dava para comer.

Dizia o Joaquim que este País é uma ilha cercada por todos os lados, menos por um, é uma ilha cercada por todos os lados de miséria, de fome e de desgraça.

(Mas é que não é bem assim):

A verdade é outra, é que este País além de coisas más, também tem coisas boas, e ainda não é tão pobre como se diz, existe uma minoria que é rica, todos os portugueses são ricos e outros são pobres.

Mas é que a p ... da vida é mesmo macaca.

A vida dizia o Mário que a vida é um livro de carne com tintura de iodo.

E na verdade, o pão que o diabo (capeta) amassou, muita gente passou as passas do Algarve.

E o José Maria então este, vivia numa casota, com mulher e filhos porque o que ganhava não chegava para viver numa casa mais confortável. E o ditador dizia que não havia fome, que não havia desemprego e um pobre como o José Maria ou José Mário a viverem pessimamente mal, para os ricos viverem bem e comodamente bem instalados com todos os confortos e mais algum, pois que eles tinham a mais valia, e a menos valia pertencia a eles.

O José Mário ou José Maria como os outros emigrantes teve que sair de Portugal, para ir trabalhar para a França, como um pintor de construção Civil e como tantos outros.

Mário vivia numa humilde casa, mas simples e honesta. Era pobre mas sóbria.

Vivia ele e mais a mulher e os seus filhos. Eles não tinham dinheiro para viver numa bonita casa. Ganhavam muito pouco, era só o ordenado do homem, ela não trabalhava, os filhos ainda eram pequenos. E a burguesia continuava como de costume a viver muito bem, só que o Povo, esse trabalhava como uns escravos, só para que a burguesia continuasse a comer à custa doutrem. A burguesia era uma minoria. O Povo era a maioria, portanto a maioria, trabalhava para a minoria, a minoria vivia à custa da maioria, portanto, Mário teve que sair de Portugal para ir trabalhar para o estrangeiro. Lá vivia melhor, como os outros , mas fazia trabalhos que aqui se recusava a fazer com menos dinheiro.