Au Revoir...
Esperou anoitecer, para como de costume acomodar seus pertences na mochila.
Foi tudo tão mecânico, embora bastante dolorido.
Dizer não dessa vez implicava perder o sentimento e ganhar razão. Observou todo o cômodo uma vez mais como se quisesse guardar a imagem que sem dúvida ia lhe causar solidão no futuro.
Tudo aquilo estava fora de lugar justamente por ser atemporal.
Aquele envolvimento nada teve de linear ou ordinário, no entanto sabia que havia algo que lhe transmitia calma...
paz...
Coisa que só se sente quando tudo está no seu devido lugar.
Saiu devagar do quarto, implorando em pensamento que a pessoa que dormia despertasse e impedisse sua partida.
Passou pelo corredor, estava tudo totalmente escuro, lá fora a luz amarela do poste iluminava tudo meio sem vontade. Abriu a porta de trás do carro e jogou a mochila ali.
Ligou o carro e saiu sem ver que dentro da casa alguém acabara de acordar atordoado.