QUITÉRIA, A PSICÒLOGA
A fábrica de bebidas Bom Gosto funcionava a pleno vapor. Desde que se instalou na cidade de Claras Nuvens operava com a sua capacidade total. O comércio de bebidas intensificou-se com o aumento de bares e restaurantes daquele município. O principal atrativo para o sucesso deste estabelecimento foi o forte investimento municipal na divulgação do turismo rural. Diante da forte divulgação, ocorreu um aumento do fluxo de turistas. O proprietário da fábrica de bebidas chamava-se por Lindolfo. Ele foi um pequeno comerciante de tecidos. Este ramo lhe deus grandes lucros, e consequentemente condições para montar a fábrica na cidade. O comerciante investiu 50% de seus recurso na compra de um galpão abandonado e maquinário pesado. Este investimento foi recuperado em apenas três meses. O sucesso nos negócios proporcionou aos esforçado Lindolfo a compra de uma mansão com 09 quartos, piscina, mini campo e 12 hectares de área verde. Mas faltava-he um componente naquele universo de luxo e riqueza: uma esposa. Alguns amigos apresentaram então ao empresário uma moça chamada por Quitéria. Esta moça já tinha casado por três vezes no pequeno intervalo de cinco anos. Os maridos desta jovem morriam de causas variadas. Uns faleceram por causa de doenças do estômago, e outros foram vitimados por acidentes de trabalho. O empresário encantou-se pela moça, que era bonita, atraente, corpo escultural, mas ganançiosa e autoritária. Lindolfo casou-se com ela após seis meses de relacionamento. A moça, no início, não saía de casa até para a missa dominical. Mas passados trinta dias após o enlace ela mudou o seu comportamento. Quitéria passou a freqüentar a fábrica de bebidas do marido. Lindolfo enxergou naquele gesto um certo zêlo de sua esposa por seu patrimônio. A esposa do empresário acompanhava a produção de bebidas, e solicitação de pedidos de matéria-prima. Além disto fazia pagamentos a fornecedores e a empregados. Este empenho de Quitéria proporcionou a multiplicação dos lucros por dez vezes. O empresário considerou um grande acerto naquele casamento. Os negócios prosperando e tendo como principal mola propulsora uma esposa dedicada. Ele estava feliz. Houve então uma grande comemoração do Dia do Trabalho. A fábrica preparou uma grande festa. Os prêmios para os operários foram especialmente escolhidos por Quitéria. Os cem trabalhadores respeitavam a grande benfeitora, e protetora da classe operária. Uns tratavam a patroa como dona Quiqui. A festa ocorria sem atropelos e imprevistos. Até que o operário Gino, um dos grandes admiradores da patroa, adentrou no escritório da benfeitora. Ele relatou o mau momento em que estava vivendo nos últimos dias. A esposa do operário foi embora, e agora ele estava sozinho. Prontamente a patroa colocou-se à disposição do empregado. Então ela disse para o operário: - "Ô Gino passe hoje à noite lá em casa, por volta da meia noite, Lindolfo dorme cedo. Eu vou resolver o seu problema. Afinal todos os operários desta fábrica passaram por meu divã. Eu sou psicóloga muito boa. Estou sempre preocupada com meus empregados". De fato, Quitéria foi a primeira da turma de formandos do curso de Psicologia. Mas era seletiva na escolha de seus clientes. Ela tinha uma certa preferência por trabalhadores fortes e sadios. E ainda não cobrava pelas consultas. Gino ainda disse: "Ô patrôa boa!"