Todo amor que houver NESSA vida!

Ela sorria e o mundo todo se abria. Não era fácil explicar. Ultimamente andava um pouco radical. Mas não estou falando sobre ir às ruas nem atirar pedras. Ao contrário. Ela atirava flores, beijos e sorrisos. Aquele riso largo. Há de se considerar o fato que num mundo cada vez mais intolerante, fazer uso da ternura e do respeito é quase uma anarquia.

Ela, que fazia de um simples tombo, um acontecimento cheio de existencialismo, como se o acaso ... a vida ... ou alguma força divina a estivesse sacudindo: ei, você está indo depressa demais. Da maneira que dizia tudo que queria em metáforas quando lhe convinha ser sutil, mas evitava falar dela mesma. Da sua saúde. Do seu coração.

Decidiu que iria pela contramão. Não se tratava de oferecer a outra face, ou de ser submissa diante das arrogâncias todas. Afinal ela tinha uma força incrível pra bater de frente com inverdades. Tratava-se apenas daquela história de cada um oferecer o que tem.

Não era fácil optar pela gentileza. Mas de alguma forma, aqueles gestos tão simples e raros era o que não a deixava morrer. E de alguma forma, ela sentia. Se o mundo estava em cólera, ela o curaria pelo amor. De dor, já bastava a de suas asas.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 08/10/2015
Reeditado em 08/10/2015
Código do texto: T5408492
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