O Museu - Parte I

Era um dia normal, o despertador tocou no mesmo horário de sempre e como acontecia em todos as manhãs eu lutava com o sono, nunca era fácil acordar, sempre havia o desejo de ficar um pouco mais embaixo das cobertas, mas depois de muito relutar concordei em abrir os olhos e sair da cama para mais um dia de vida.

Olhei no calendário como sempre faço todos os dias para verificar os compromissos marcados para a data, para meu espanto verifiquei que era 09 de julho e o número estava marcado em vermelho, não sabia o que esta data representava e qual seu significado, mas sabia que estando em vermelho eu não teria o compromisso de ir trabalhar, pois era feriado, fiquei triste e feliz ao mesmo tempo, o sentimento dúbio me ocorreu pois sendo feriado poderia ter dormido um pouco mais e não precisava levantar tão cedo, mas por outro lado ficava contente pois teria o dia de folga e sair para divertir-me.

Agora a preocupação de minha mente era como ocupar este dia, pensei em ir ao cinema, mas sempre fazia isso, cinema já estava exaustivo e considerava os filmes em cartazes mais do mesmo, não havia um que me motivasse, logo esta idéia tornou-se pouco atrativa, pensei então de ir ao teatro, mas lembrei que estava sem dinheiro e as peças teatrais costumam ser os olhos da cara, por fim e quase por intuição uma brilhante sugestão me veio a mente: Ir ao museu, era um lugar que eu frequentava bastante quando criança e que sempre me agradou.

Após colocar uma roupa bonita, pentear os cabelos, escovar os dentes, tudo milimetricamente perfeito, agora já estava preparado para encarar o passeio que havia inventado, fui a garagem, liguei o carro e sai em direção ao destino final, como era feriado a cidade estava bem diferente dos outros dias, não havia aquele fluxo de carros, tão pouco pessoas andando desesperadas para não chegarem atrasadas ao seus empregos, confesso que senti falta das famigeradas buzinas que de eficiente nada possuem e apenas contribuem para aumentar a poluição sonora, realmente estava bom dia para sair de casa, embora eu tivesse mais de 25 anos ainda gostava de passeios infantos-juvenis, acredito no que Einstein dizia que manter o espírito jovial é uma das características dos gênios.

Continua...

O_Interditado
Enviado por O_Interditado em 07/10/2015
Reeditado em 07/10/2015
Código do texto: T5407342
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