reflexão no rio
A senhora se posta diante do rio e reflete pra fugir da solidão. Ela já desejou ter asas pra se libertar e ficar sozinha na outra margem do rio e sair da sua particular prisão. Esporadicamente, se encontra orando procurando um alívio na sua louca razão. Num dos seus delírios noturnos e sorumbáticos imaginou-se cercada por anjos que ameaçavam com suas espadas, todos apontavam para o seu pescoço, um beco sem saída. De soslaio avistou em meio ao azul celestial quadrados sobre quadrados, no fundo bem lá no fundo estavam palavras em chinês, parecia não ter solução. Viu uma luz a gritar lá ponto de fuga, luz esta violentou sua barreiras interiores , e se viu já sem dor. Amanheceu, ela despertou, tateou no céu a ironia daquele solo incerto. Seria tudo fruto de sua cosmovisão?