Semelhante atrai Semelhante...
Rogério saiu furioso, batendo a porta.
Estava cego pela raiva depois de mais uma briga com a mulher.
Enquanto disparava palavrões, pensava:
_ "Quem ela pensa que é?! Minha dona?? Vai ficar pensando! Não é esta aliança no meu dedo que me algemará em casa! Ela está cansada de saber que não tolero choro de crianças ou discutir probleminhas domésticos!
Ou ela me aceita como eu sou de uma vez por todas ou que vá embora!
Onde é que eu estava com a cabeça quando resolvi me casar?!
Hoje vou dar motivos à megera pra falar até perder a voz, ela que espere! Vou sair, beber com os caras, curtir uma boate, ver umas meninas mais animadas. Não quero nem saber!"
Ainda disparando palavrões contra a esposa, entrou no carro e bateu a porta com raiva. Saiu acelerando forte, mesmo assim, viu pelo espelho o rosto apreensivo dela, que havia corrido atrás dele.
_ "Dane-se! Cansei dessa chatice...", gritava Rogério.
Dirigindo rápido e sem prestar atenção ao tráfego, não percebeu o farol vermelho e continuou. Até conseguiu frear tudo num repente, mesmo assim, bateu no carro que estava trafegando corretamente.
Danificou ambos os carros, mas, aparentemente, não saíram feridos.
Rogério desceu rápido do carro e nesse instante, sua mente tornou-se mais lúcida, mas, tarde demais; o outro motorista estava furioso e armado com uma barra de ferro, vertendo ódio pelos olhos, e vindo em sua direção.
_ "Agora sim estou ferrado! E tudo por culpa da megera da minha mulher...", Rogério exclamou para si mesmo, preparando-se para o pior.
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