O GAVIÃO E A POMBA

Outro dia observando em meu quintal de repente me deparei com uma linda imagem, desta que não se vê todos os dias. Eu fiquei fascinado com uma bela pomba que veio procurar seu alimento por entre as árvores e algumas frutas por ela consumida. Além de seu alimento, ela, é claro queria mitigar sua sede em um riachinho que corre preguiçosamente no fundo do meu terreninho, bebendo daquela água cristalina e fresquinha á sombra de um pé de jacarandá.

Porém, enquanto a pobre poma bebia e beliscava algumas sementinhas encontrada pelo chão, nem ela nem eu percebemos que por ali havia um predador severo á sua espreita, um gavião! Não demorou muito até que ele a avistasse de certa distância, enquanto estava por entre as folhagens de uma árvore frondosa e muito viçosa.

Mas como para tudo há dois lado da moeda, não seria diferente com aquela miserável pomba

Como é do conhecimento de todos os seres viventes, enquanto uns caça, outros são caçados violentamente!

E foi exatamente isso o que aconteceu com o destino daquela inocente pomba!

Logo que ela estava tão despreocupada, andando, rulhando, e procurando algo pra saciar sua fome, então o gavião sem piedade e nem dó voou rasteiro e a pegou com suas garras afiadas levando-a para bem longe, onde ele sem dúvidas iria saboreá-la sozinho sem que ninguém o atrapalhasse.

Na verdade, foi uma triste cena para mim, pois não era a primeira vez que eu tinha visto isso, por eu ter morado na lavoura durante tantos anos, era algo comum eu ver cenas como esta. Mas agora eu estava já algum décadas morando na cidade. Então não era pra mim ficar triste com aquilo que aconteceu, mas fiquei e muito revoltado, por que naquela hora, eu não tinha uma espingarda nas mãos, se eu a tivesse eu teria disparado alguns tiros no rumo daquele gavião, só pra não ver ele dar fim á vida daquela tão solitária inocente pássaro!

Mas a natureza tem que seguir seu ciclo! Dia da caça, e dia do caçador. E aqui é claro, foi o dia do caçador impetuoso, o gavião malvado que nos levou aquela pomba não pra cria-la, mas sim para satisfazer sua fome que por certo doía dentro de seu papo.

Infelizmente nunca mais eu a vi pois sei que ela morreu por entre as garras terríveis daquele predador violento, o velho gavião.

Fiquei triste, sim, fiquei, mas nada pude fazer pra salvar ela de seu poderoso bico, por que logo que deu o seu arrasante, ela já havia morta pois nunca via algo tão certeiro como o voo de um gavião quando voa pra agarrar sua presa!

Mas acho que mesmo se eu tivesse uma arma nas mão, talvez não iria adiantar muito, pois assim que eu atirasse nele, também mataria aquele pássaro indefeso, por ele estar tão seguro nas unhas do gavião. Provavelmente aquele era mesmo o dia do seu caçador, e não o de sua caça!