MEU GRANDE COMPANHEIRO

Numa certa ocasião eu tinha um grande amigo que sempre esteve ao meu lado pra tudo na vida. Era na verdade um companheiro fiel, que jamais me deixaria por nada nesta vida.

Sempre estava comigo, por todos os lugares que eu ia ele estava lá firme coladinho em mim.

Nos momentos bons e ruins, ele sempre me apoiava em tudo, ele até me fazia ver certas coisas pequenas, me ajudava a tomar muitas decisões importantes, depois que abria meus olhos pra ver melhor os pequenos detalhes de alguns contratos, ou algo do gênero.

Bem, mas aí um certo dia em que saí para dar umas volta no centro da cidade, então passei a perceber a sua falta. Como era costume dele me seguir por todos os lados, então logo comecei a procura-lo por todos os cantos da ruas e avenidas, logradouros, posto de saude e outros tantos lugares que supostamente eu achava que poderia encontrá-lo!

No entanto, perguntei pra todos os amigos que encontrava na rua, por todas as pessoas que eu mal podia ver passando por mim, se acaso elas não tinham visto este meu grande companheiro em algum lugar perdido entre tantas outras coisas que se perdem em uma cidade. Mas, nada , ninguém sabia de nada sobre ele. Então fiquei quase cego de raiva por ter perdido este tão valioso amigo de tanto tempo!

Foi aí que me lembrei de onde eu tinha estado pela ultima vez. Era no posto de saúde de frente a velha prefeitura, em uma pracinha abandonada, como sempre. Aliás não sei por que as prefeituras fazem tantas praças, pois todas elas acabam ficando mesmo abandonadas pelas autoridade sem competências de administrar!

Então voltei ao local como de costume, e foi aí que me deparei com uma cena das mais horríveis inimaginária! Fiquei estarrecido ao ver a tal cena que me cortou o meu coração de aflição! Sim, foi quando eu olhei mesmo sem querer acreditar no que estava vendo, mas vi com os olhos rasos de lágrimas, o meu querido e velho companheiro de todas as horas, todo destruído e embaixo do pneu de um FIAT 147, tinha que ser um FIAT 147 mesmo! Dizem que é só pra isso que esta coisa presta!

Sem nenhuma chance de vida! Que cena mais traumática!

Então foi aí que eu me dei conta de que não poderia fazer mais nada para salvá-lo o coitadinho que jazia sem vida ali bem em baixo daquele maldito carro!

Com todo sentimento do mundo eu me despedi de meu velho e querido companheiro, meu querido óculos de graus!

Até hoje você nem sabe quanta falta ele me faz!