......(EM REVISÃO)....


CECI

 
Andava pela calçada, e pensava o que havia acontecido, não entendia,parecia um pesadelo. Justo ela, mulher bonita, com corpo escultural, atraente, por que ela tinha que viver isso.Nunca se imaginou nessa situação. Caminhava, à noite, pela calçada e pensava, seus olhos estavam marejados, havia chorado, se descabelado e nada resolveu, o que fazer, não sabia, não conseguia entender.

Ceci era uma mulher atraente, e ela sabia disso, chamava a atenção dos homens e se insinuava para eles quando queria, afinal ele era bonita e tinha sua juventude, precisava viver e curtir tudo de bom. As mulheres a olhavam com desdém, não a viam com bons olhos,ela sabia era pura dor de cotovelo, elas eram recalcadas, mal -amadas, então sentiam-se ameaçadas por uma mulher bonita como ela. Ceci era uma mulher alta, magra, cabelos loiros e cacheados, seu peso era bem distribuido , e  isto lhe conferia charme e sensualidade. Seus olhos verdes em um rosto adorável, não havia como passar despercebida. Era  muito bonita.
No seu trabalho, era vendedora de automóveis em uma agência conceituada na cidade, ela tinha muitos admiradores, e os clientes que chegavam logo se interessavam em serem atendidos por ela. Quando os clientes vinham acompanhados de suas esposas, namoradas ou amantes, ela percebia um certo ar de rivalidade, mas ela era vendedora e eles compradores, usava seu charme e sedução para obter melhores negócios.

Um dia, no caminho para a agência, parou na padaria e decidiu comprar um pão doce e tomar um café, afinal estava cedo ainda, e ela estava sentindo-se tão bem.Na fila, notou que alguém a olhava , sem disfarçar, ela sentia seu olhar a queimar sua pele, parecia que ele estava despindo-a com os olhos. Não demorou muito e ele estava junto a ela. Um homem lindo, parecia saído dos sonhos, alto, moreno, rosto em formato angular, dava impressão de sisudez e rebeldia, barba por fazer. Se apresentou, seu nome Gilberto, ela ficou excitada, que nome lindo para um homem maravilhoso.
Trocaram telefones e depois de despedirem-se ela estava mais feliz do nunca, claro, não demorou para marcarem um encontro, saíram e foram a um local mais privado, conversaram amenidades, isto não interessava, o que importava era o desejo que assolava, incendiava ambos e foram pra o motel. Lá aconteceu de tudo ela, sentia-se uma mulher privilegiada com aquele Deus Grego, lindo ,atraente, forte, másculo, tudo de bom, fizeram amor, uma vez, duas ,três vezes, e depois, os dois exaustos e saciados foram para suas casas. Felizes. Os encontros se tornaram frequentes, ela tinha um namorado, mas não era algo tão empolgante, então deliciava-se com Gilberto.Ceci não sentia culpa por trair seu namorado, afinal, ela era jovem e bonita, e ele sabia que ela gostava de sexo, então, continuava com ele e com Gilberto. Claro não demorou muito para o namorado dela descobrir, ela não se fez de rogada, não mentiu e terminou o namoro, aquele rapaz não era para ela, muito sério e sem graça, logo ela, uma mulher tão atraente, precisava de algo mais empolgante na vida, e esse algo tinha nome ,Gilberto.

O romance engrenou e Ceci pediu a ele para ficar um tempo na casa dela, ele aceitou, e continuaram suas noites tórridas de sexo. A vida continuava, Ceci continuava bela e atraente, no servico os clientes continuavam a admirá-la e as esposas ou acompanhantes a tratá-la com possível ameaça, no pensamento delas, Ceci mais parecia uma Jezebel.
E o tempo foi seguindo, e vida com seu curso natural ou cósmico, trazia tudo que Ceci queria, amor, liberdade e sexo.
Naquela tarde Ceci não teria que ficar na agência, haveria um treinamento para o pessoal de vendas, seria em um hotel próximo dali, e ela iria participar. Foi para casa então, tomar um banho e trocar de roupa. Chegando ao prédio onde morava, rapidamente subiu as escadas,o porteiro sempre via, Ceci subir as escadas, seu apartamento ficava no segundo andar e ela preferia ir pelas escadas, talvez isso explicasse suas pernas bem torneadas.

Lá chegando abriu a porta, adentrou e jogou a bolsa no sofá, foi para o quarto, ao chegar na porta ficou petrificada, diante de seus olhos via algo que não podia acreditar, lá estava Gilberto , nú, na cama com outro homem, ela pasmada, não conseguia nem falar nada. Gilberto diante do flagrante, saiu da cama e enrolou-se em uma toalha, o mesmo fez o garoto que estava com ele. O rapaz recolheu as roupas e passou por Ceci, sem esbarrar nela. Gilberto foi ao banheiro e olhava para o espelho. Depois dos susto incial com a cena, Ceci, retornou à sala, sentou no sofá, o rapaz já havia se vestido e  ido embora. Ela começou a chorar, suas lágrimas rolavam sem parar, ela gritou, xingou Gilberto que encontrava-se parado perto da porta da sala. 
Ela perguntou o por quê, ele não respondeu, permanecia calado, seu semblante era calmo, não havia nenhum sinal de culpa ou remorso, era como se pra ele, fosse tudo normal.
Ceci investiu contra ele, mas Gilberto mais forte e musculoso, a impedia de agredi-lo, e finalmente falou:
- Fique calma, não é o fim do mundo, você é uma garota legal e antenada, sabe que há forma diferentes de curtir o sexo.
- Você com aquele rapaz, você é nojento , você é sacana. -Gritou ferozmente.
- Ceci, entenda, o  prazer vem de várias formas, você sabe disso, querida.
- Não sou sua querida, cala a boca. - Gritou mais uma vez e chorou mais ainda.
- Ceci, tentou novamente falar, Ceci, ouça - foi bruscamente interrompido
- Seu desgraçado, cachorro! Saía da minha casa, vá embora , suma daqui.
E ele saiu, foi até o quarto pegou uma mala e colocou nela o que lhe pertencia, em cima do guarda-roupa, pegou a sacola com seus apetrechos de escalada,( cordas, mosquetões e polias). Arrumou tudo e saiu, fechou a porta, deixando atrás de si, uma mulher arrasada, chorosa e nervosa.
Ela não conseguia acreditar, por quê? por quê? Não entendia, sentia-se mal, frustrada, indignada.

Chorou a tarde inteira, e não conseguiu participar do treinamento dos vendedores, ficou só em casa, seu celular tocava, ela via as mensagens do pessoal da agência, não atendeu, não queria falar com ninguém. estava muito chateada, seu orgulho ferido.
À noite, desceu as escada do prédio, resolveu andar um pouco, estava chateada, precisava andar e pensar no que aconteceu e saber o porquê de tudo, estava muito mal. O porteiro a viu descer, ela nem sequer o olhou, ele percebeu que ela estava aborrecida, ia perguntar, mas ela deu de costas, não dando oportunidade para conversa.
Sentia-se mal, logo ela, por que? Precisava andar, pensar, afinal logo outras pessoas saberiam e ela sem entender o que aconteceu.
Caminhava e pensava, seus olhos ainda marejados, olhava para o além, como se perdida em seus pensamentos. Então, andava pela calçada e chorava.Logo ela.
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 11/08/2015
Reeditado em 09/07/2018
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