SEM SOL
Já falaram para olhar o céu, quando faltasse o chão
Por vezes pensa-se alto, coisas que até então só a onisciência conhecia
Sonhos perdidos, esperança também
E de tudo que temia era perder a fé, aconteceu.
Agora segue sem rumo, num mundo distante e num lugar que outrora paraíso, fez-se sombrio...
Acabaram com o pouco de prumo que restava
Mataram a esperança que restou
Agora já sem saber o que fazer, falar ou pedir a Deus, ela segue.
Por mais que seja quase impossível, (ainda bem que existe essa palavra "quase"), ela tenta manter um fiozinho de esperança de que algo extraordinário aconteça, mesmo vendo tudo favorável ao contrário.
E será que a vida começa aos 40?
Será que o sonho bom vira realidade?
Será que é verdade essa coisa de lei da atração, onde se conquista tudo pela fé?
Tomara! Essa menina não está sabendo ser mulher...
Precisa da força que só uma mãe tem, quando sabe que deve seguir por eles.
São nesses momentos que a menina cresce, arrancando forças sabe-se de onde, e segue.
Precisa de colo, precisa ser cuidada...Mas a necessidade de ignorá-la, é maior que a vontade de parar, e ampará-la.
Dias, meses, anos...
Tentou mudar, mudou! Mas o que parecia solução ficou nítido a certeza que tomara a decisão precipitada.
O que mais dói é acordar todos s dias com esta certeza, e agora apenas seguir...
Seguir como se na próxima esquina algo novo surgisse, embora ela saiba que isso não irá acontecer.
Não é pessimismo dela pensar assim, apenas percebe que todos os caminhos traçados com base nesta esperança a levaram pra lugar nenhum.
Agora quer casa...Mas percebe que a casa já é aqui, e aí não tem volta
Segue com uma angústia que tem sido companheira fiel, apesar de nem um pouco desejada.
A alma grita, mas parece que o céu é de bronze.