Bicho Solto
O dia amanhece com sol. É expectativa de trabalho para os atingidos pelas chuvas dos últimos dias. Chamo o repórter de rua. Zé Brindeiro onde você está?
Bom dia Leila! No bairro Aconchego do Céu. Aqui deslizamento de barreira destruiu casas. Não houve mortes, mas há feridos e desabrigados...
Alerta à população. Leões, tigres, ursos escaparam do zoo. A administração do local adverte que no encontro com algum desses animais não tente capturá-lo, acione o corpo de bombeiros. A polícia investiga o caso. Há suspeita de vandalismo e ataque ao patrimônio público.
A cidade é um turbilhão. Filas nos pontos de ônibus. Buzinas denunciam a impaciência dos motoristas. Carros, motos, ciclistas e pedestres se digladiam em combate para alcançar seus destinos.
Marina e Jonas estão de casamento marcado. Esperam o transporte entre abraços e carícias.
--- Um leão, corram!
--- Não, não corram. Vão assustá-lo.
--- Chamem os bombeiros.
Escutam freada e choque de automóveis. Um leão inicia a travessia. O veículo azul freia para evitar o atropelamento do animal. É atingido na trazeira. Pessoas correm, tropeçam e caem na tentativa de fotografar a cena. O bicho acelera o passo e chega à calçada. Olha para os lados, parece aflito.
--- Querido, o que fazer? Vamos correr.
--- Não! Está próximo, vai nos alcançar.
A fera olha para os dois.
--- Querida, não encare. Eles não gostam.
Ela sente os braços do amado relaxarem, o corpo amolecer e escorregar para o chão, a calça molhada.
Acordei ele, delegado, para me levar ao trabalho. Sabe, ouvi a notícia no rádio. Tive medo de ir a pé. Não gostou, me empurrou e chamou de preguiçosa. Minha mãe veio até a sala. Larga esse osso, o cachorro ainda vai te morder. Lavou a cara e saímos.
Íamos devagar em zig-zag entre poças de chuva. O bicho surgiu do beco. Ele acelerou, a moto derrapou e tombamos na lama. Larguei a sacola e corri. Caído, apanhou um pedaço de madeira no chão. Passos adiante escutei dois tiros.
O leão estava de pé com o revólver na mão. Apanhou minha bolsa, pegou coisas nos bolsos de Reginaldo e sumiu na moto do meu marido.
Pede ajuda a seu esposo e ele agride a senhora sob vista de sua mãe. Seguem com ele pilotando. Um leão aparece e vocês caem da moto. Foge, enquanto ele apanha um pedaço de madeira. Escuta dois tiros, ele está caído. O leão de pé com arma na mão. Recolhe seus pertences e foge no veículo. O cretino não vai mais me bater.
O dia amanhece com sol. É expectativa de trabalho para os atingidos pelas chuvas dos últimos dias. Chamo o repórter de rua. Zé Brindeiro onde você está?
Bom dia Leila! No bairro Aconchego do Céu. Aqui deslizamento de barreira destruiu casas. Não houve mortes, mas há feridos e desabrigados...
Alerta à população. Leões, tigres, ursos escaparam do zoo. A administração do local adverte que no encontro com algum desses animais não tente capturá-lo, acione o corpo de bombeiros. A polícia investiga o caso. Há suspeita de vandalismo e ataque ao patrimônio público.
A cidade é um turbilhão. Filas nos pontos de ônibus. Buzinas denunciam a impaciência dos motoristas. Carros, motos, ciclistas e pedestres se digladiam em combate para alcançar seus destinos.
Marina e Jonas estão de casamento marcado. Esperam o transporte entre abraços e carícias.
--- Um leão, corram!
--- Não, não corram. Vão assustá-lo.
--- Chamem os bombeiros.
Escutam freada e choque de automóveis. Um leão inicia a travessia. O veículo azul freia para evitar o atropelamento do animal. É atingido na trazeira. Pessoas correm, tropeçam e caem na tentativa de fotografar a cena. O bicho acelera o passo e chega à calçada. Olha para os lados, parece aflito.
--- Querido, o que fazer? Vamos correr.
--- Não! Está próximo, vai nos alcançar.
A fera olha para os dois.
--- Querida, não encare. Eles não gostam.
Ela sente os braços do amado relaxarem, o corpo amolecer e escorregar para o chão, a calça molhada.
Acordei ele, delegado, para me levar ao trabalho. Sabe, ouvi a notícia no rádio. Tive medo de ir a pé. Não gostou, me empurrou e chamou de preguiçosa. Minha mãe veio até a sala. Larga esse osso, o cachorro ainda vai te morder. Lavou a cara e saímos.
Íamos devagar em zig-zag entre poças de chuva. O bicho surgiu do beco. Ele acelerou, a moto derrapou e tombamos na lama. Larguei a sacola e corri. Caído, apanhou um pedaço de madeira no chão. Passos adiante escutei dois tiros.
O leão estava de pé com o revólver na mão. Apanhou minha bolsa, pegou coisas nos bolsos de Reginaldo e sumiu na moto do meu marido.
Pede ajuda a seu esposo e ele agride a senhora sob vista de sua mãe. Seguem com ele pilotando. Um leão aparece e vocês caem da moto. Foge, enquanto ele apanha um pedaço de madeira. Escuta dois tiros, ele está caído. O leão de pé com arma na mão. Recolhe seus pertences e foge no veículo. O cretino não vai mais me bater.