Meu melhor amigo

Era uma atmosfera diferente, minha época de criança o mundo era tão grande, mais verde, mais encantador.

Eu e meu melhor amigo achávamos isso, nutríamos um amor reconfortante pelo verde o verde que trazia frescos e encantamento. Naquela época íamos até a casa da esquina da minha que ficava no morro, haviam cortado um grande arvore a algum tempo, mas o que nos reconfortava era ver os milhares de brotos verde entre a folhagem seca era um contrate maravilhoso, não havia nada melhor para nós. Assim nos divertíamos, mas meu amigo era um tanto menor que eu, desajeitado tinha os pés bem maiores que o seu corpo todo manhã auxiliava-o a calças seus sapatos, ele tinha dificuldade em andas, então eu o corregava ou deixava que se apoiasse em mim sempre que saiamos para brincar na rua ou no quintal.

Quando era época de fruta e os pés ficavam carregados, nossa favorita era a jabuticabeira levantávamos sedo para comer a fruta fresca, eu subia no pé e jogava a fruta para meu amigo que se limitava sentas encostado na árvore com seus olhos fixos no nada de corpo meio tombado para o lado, distraiamos horas e horas no quintal comendo fruta dos pés de manga, mexerica, goiaba e jabuticaba. Sempre com cuidado para não deixar meu amigo todo sujo de terra, ele não consegui se lavar não tinha os dedos das mão só os palmos, assim como os pés.

As vezes ele não saia de casa para brincar ele ficava em casa deitado na cama olhando pro teto com aquele olhar fixo no nada sem expressão alguma.

Meu amigo detestava que brincássemos com o pingo o meu cão ele sempre o mordia, uma vez minha mãe teve que leva-lo para um curativo ele voltou com o braço costurado. Ele ficou uma semana bravo comigo e eu briguei com o pingo que não se importou com nada disso sempre brincando e correndo como se tivesse acontecido nada.

Meu amigo era um tipo diferente, pequenino tinha as orelhas enormes, e os pés também grandes pro corpo pequeno, era desajeitado vivia tombado pro lado, tinha olhos castanhos arregalados vidrados sem vida, um mergulho no nada.

Um dia em uma de nossas aventuras e brincadeiras de rua com as outras crianças da rua, a noite já entrava, quando minha chamou para a janta, mas me esqueci de carrega-lo junto comigo para dentro de casa.

Um tempo depois eu retorno pra busca-lo, mas meu amigo não estava mais lá, havia perdido por esquecimento o meu melhor amigo. Meu coelho de pelúcia.

Luh Bernardes
Enviado por Luh Bernardes em 12/07/2015
Reeditado em 22/08/2015
Código do texto: T5308308
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