SIBIPIRUNA
Maria passou a infância cuidando dos irmãos mais novos, estudando e brincando de jogar futebol eles, isso quando não se juntava com algumas amiguinhas e ia sob a sombra de algumas arvores que havia próxima a casa de seus pais.
Ela, juntamente com as amiguinhas subiam nas arvores, quebrava alguns galhos e faziam “cabanas” como elas próprias denominavam isso aos sábados e domingos (dias em que não havia aula) se juntavam para então serem crianças e brincar, mesmo porque durante a semana toda ela ajudava sua mãe no cuidado com os irmãos.
Assim cresceu Maria, brincando de pega- pega, de amarelinha, de jogar bola de capotão, bola de gude e de cabana. Eram brincadeiras inocentes sob o olhar cuidadoso da mãe que orgulhosamente via na filha uma pessoa responsável: quase adulta. Não assistiam televisão, não tinham telefone nem vídeo game. Eram brincadeiras saudáveis.
Não havia tanta maldade no mundo, nem violência (ou talvez até houvesse, porém não havia a mídia para divulgar, então era como se não existisse).
Podia-se brincar nas ruas quando era noite de lua cheia, brincar na chuva, nas enxurradas... E sob as arvores que um dia (depois de adulta) ela descobriu chamar “sibipiruna”.