Violência Urbana
Sentindo-se apertada dentro do ônibus puxou a bolsa, colocando-a em sua frente onde pudesse vê-la. Ao acabar de fazer isso sentiu algo furando sua pele, penetrando funda a carne, como também algo quente escorrendo do lado do seu corpo onde antes estava a bolsa.
Levou a mão ao local que doía muito, ao retirá-la, viu que era sangue que escorria. Gritou por socorro dizendo viu ferida por um punhal ou estilete, o homem que havia feito isto, levou a mão aos lábios em um gesto de silêncio, só que já era tarde, porque quem estava a sua volta, encontra-se alertas.
O pegaram de chutes, murros, socos, enquanto outro gritava para que chamasse uma ambulância para a moça ferida, um rapaz achou o punhal no bolso da jaqueta do homem. Quando os passageiros viram o punhal gritaram justiça, justiça, no ímpeto do ódio do momento o punhal acertou o peito do batedor de carteiras com várias mãos o segurando.
Na euforia no momento de violência uma vida foi para o hospital e a outra ficou estirada no corredor do ônibus morta por conta da justiça feita pelas mãos de tantos que já se encontravam cansados de tanto a polícia prender e a justiça mandar soltar gerando o estopim de um momento de cólera e ódio.
Lucimar Alves