ESPERANÇA CURRADA

Do que são feitos os sonhos daqueles pobres andarilhos? Perguntava tia Zefa enquanto atravessávamos a Avenida das Oliveiras. Era noite de inverno e o frio atormentava nossas almas. Unidos pelo companheirismo em meio ao infortúnio, um casal de jovens debilitado pela fraqueza do corpo faminto e surrado pelo peso da vida. De repente sussurrou: meus sonhos são construídos com pedaços de outros sonhos que nem sei onde os deixeis.