A solidão mata

Antonio dormia cedo todos os dias.Por ir dormir cedo,logo cedo acordava.Saia para comprar seu pão e leite.Ao chegar à sua casa, colocava para aquecer, sentava-se diante da televisão e molhando o pão no leite, comia avidamente.

` Por morar sozinho, ele não sentia vontade de cozinhar.Após tomar o leite, lavava o copo, colocava no armário, ia ao quintal, colocava ração para seu cão e depois pegava um banquinho de madeira e saia para sentar na calçada de sua casa.

Morava em uma cidade pequena do interior, onde as pessoas sentam-se na calçada para ver a vida passar, ou para ter uma certa companhia, como era o caso de Antonio.As pessoas passavam, paravam para falar com ele, e, assim a solidão não doía tanto, porém no momento em que ficava só o olhar de Antonio se perdia ao longe, onde ele buscava (em vão) a presença de um filho que viesse para busca-lo para passear, ou simplesmente para lhe fazer companhia,comer com ele.

De solidão Antonio foi definhando.Ficou doente e por estar debilitado, Antonio teve pneumonia.Foi internado.Antonio ao sair do hospital foi para a casa de um filho, porém o desgosto que lá passou fez com que ele (já doente) tivesse um AVC.Ficaram sequelas.Ele passou a andar “arrastando o pé”.Cada vez mais triste e mais sozinho...

Antonio tinha muita vontade de viver, mas pouco a pouco foi sumindo até essa vontade e numa madrugada de uma noite fria, Antonio veio a morrer.De tristeza, de solidão e falta de amor.

Wal Ispala
Enviado por Wal Ispala em 10/05/2015
Reeditado em 11/05/2015
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