Momentos de conflitos e angústias como coordenadora pedagógica...

Gostaria de contar um episódio de um dia na coordenação para elucidar meu pensamento em relação ao papel dos coordenadores pedagógicos frente aos paradigmas das Escolas Estaduais de São Paulo.

Quando comecei como coordenadora imaginei-me com tarefas fixas, sem alternância, com tranquilidade para colocar meus estudos e minhas reflexões em dia, mas não foi nada disse que aconteceu:

Estou separando os livros e apostilas semestrais para entregar aos alunos, pois os professores já estavam cobrando por estarem atrasadas há uma semana, de repente a diretora me chama em sua sala dizendo que eu teria que responder em no máximo trinta minutos um e-mail que veio da Diretoria de Ensino. Imediatamente deixei tudo que estava fazendo, os livros ainda espalhados pela mesa, para atender aos pedidos da minha Diretora e da Diretoria de Ensino.

Daqui a pouco o telefone toca e alguém da secretaria me chama do outro lado do prédio, para atender um telefone de uma mãe preocupada com as ausências do seu filho, novamente parei o que estava fazendo e fui atender ao pedido da mãe, um agente escolar me chama (eu ainda no telefone) a Professora de Inglês está te chamando para ajuda-la, pois não conseguiu passar o filme, a imagem não está entrando...

Neste momento me entrou um desespero, por que não preparei ou chequei a sala de vídeo antes?

Senti-me aflita não conseguia concluir as minhas tarefas ou atividades... No começo sofri muito, marinheira de primeira viagem, aprendi com meus erros, muitos afazeres ao mesmo tempo, sou extremamente organizada e na época me senti sem direção.

A decisão de um diário de bordo me deu um norte para organização das minhas atividades e me deu segurança para atuar como coordenadora pedagógica. Hoje já exerço o cargo há mais de cinco anos e percebo que continuo angustiada para concluir minhas tarefas ao longo do dia, mas percebi que sem organização, não conseguiria atuar com eficiência e eficácia, pois às vezes com tantos afazeres, esquecemo-nos de coisas fundamentais para uma gestão de qualidade.

Penso desta forma: “Não posso parar e deixar as coisas saírem do controle, tenho que atuar como um fruto germinal de uma gestão democrática, tão democrática que é focado o tempo todo no outro, no outro que faz parte de um futuro promissor; o nosso maior cliente, o nosso aluno”.

Giane Ventura
Enviado por Giane Ventura em 07/05/2015
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