Se sentindo o dono do mundo
Seis horas, que cheiro bom da manhã, estou caminhando em águas cristalinas e mansas, precisamos ás vezes ficar só, desfrutar da nossa companhia, nos descobrirmos, nos conhecendo um pouco mais, deixar nossos sentimentos brotar, ditar as ordens e não a razão... olhando para este sol solitário que nasce imponente, mas que não deixa de brilhar lindo ao amanhecer aqui ou acolá, o céu azul e as nuvens com seus formatos distintos, este mar imenso e maravilhoso, ao mesmo tempo cheio de mistérios, dei um mergulho nas águas frias de Iemanjá como a um batismo em águas salgadas abençoando-me, pedindo proteção, me sentia o dono do mundo, único, até um tanto egoísta. Quando uma ave branca passou sobre minha cabeça alguns metros nas alturas, saltou dois assovios breve e fortes como falasse comigo, me despertando dos meus sonhos e pensamentos variados e misturados, olhei ao redor reparei que não estava completamente só, vi outras de diferentes especie, cantos e cores, reparei os vários seres marinhos que caminhavam preguiçosamente dentro duma piscina escupida pela natureza, avistei um lindo animal era um cavalo desfilando tranquilamente nas areias, um cão latiu pra mim de longe e me acompanhou amigavelmente cheirando tudo que podia pela sua frente, inclusive a mim, olhei as plantações com seus frutos e flores coloridas, era um privilegiado, mas ainda um pouco egoísta, mas faltava alguma coisa pra completar o meu sentimento egocêntrico, porém sabia que não conseguiria por uma simples e única razão, você é do mundo.
R. Ornelas 02/02/2015 (Dia de Iemanjá)