03 - ARTHUR

São Paulo, SP

Pela janela do carro que me buscou tive a primeira impressão em meu retorno a São Paulo. Aparentemente a cidade não havia mudado muito, o transito continuava intenso e as pessoas ainda andavam como se sempre estivessem atrasadas para alguma coisa. A maior diferença, que pude notar, foi à grande quantidade de prédios residenciais construídos.

Após quase duas horas de transito, finalmente cheguei ao meu flat no final da manhã. Era um prédio novo, que mais parecia comercial do que residencial em uma rua paralela a Av. Paulista, com muitos restaurantes em volta e que convenientemente ficava a menos de 500 metros do prédio onde eu começaria a trabalhar na próxima semana.

Assim que desci do carro um rapaz de terno e gravata, que devia ter uns vinte e poucos anos, que estava parado em frente ao prédio, prontamente veio me ajudar a descarregar minhas malas e antes que eu pudesse perguntar se ele trabalhava no edifício ele se dirigiu a mim de forma entusiasmada.

– Bom dia. O senhor é Dominic Ricceli?

– Sim, sou eu. E você?

– Eu sou Arthur Dias, fui contratado pela empresa pra ajudá-lo no que o senhor precisar nesses primeiros dias. Tomei a liberdade e fiz o seu Check-in na recepção e comprei alguns itens no mercado, que o senhor vai precisar. O senhor já pode subir para o apartamento.

– Obrigado, e pode me chamar de Dom.

Ele me entregou as chaves de meu apartamento e subiu comigo no elevador para me ajudar com as malas, o prédio tinha uma decoração moderna e agradável, meu flat ficava no penúltimo andar, abaixo apenas do andar da piscina e academia.

Ao entrar pela porta tive uma surpresa agradável, era um apartamento Studio com uma área grande da sala de estar e jantar, com uma aconchegante cozinha americana e uma varanda com uma grande janela de vidro, iluminando muito bem todo o apartamento que ainda contava com uma suíte de um tamanho que seria mais do que o suficiente pra mim.

Deixei minhas malas no quarto e voltei à sala para agradecer Arthur por todo trabalho que ele teve e quando o vi novamente ele estava com uma mochila com o logo da empresa em mãos.

– Dom, me pediram que lhe entregasse isso, aqui tem um computador e celular que a empresa lhe forneceu e uma pasta com as informações que eles julgam necessárias pra sua chegada, assim como os horários das reuniões na segunda.

– Ok, obrigado. Acho que tenho tudo que preciso, vejo você na segunda?

– Sim, com certeza, vou deixá-lo descansar agora. Até logo.

Assim que ele saiu, eu dei mais uma olhada pelo apartamento e fui tomar um banho. Desci pra comer alguma coisa no restaurante italiano ao lado do prédio e voltei pra descansar um pouco, após um dia corrido.

Dom Ricceli
Enviado por Dom Ricceli em 25/03/2015
Reeditado em 10/08/2015
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