O Congresso Nacional dos Palhaços
O Congresso Nacional dos Palhaços
Jorge Linhaça
Fizeram os palhaços, um congresso nacional. Cada qual representava um estado do país. Cada um maquiado, fantasiado e tal, pagos pela plateia, em quase nada, feliz.
A lona armada em meio à Nação e a mídia cobrindo o que ali ocorria. Já a plateia, na televisão, a tudo ouvia, mas, não compreendia.
Tortas na cara e mil pantomimas, tudo valia ali no congresso e a bandinha criava o clima para as piadas de um show controverso.
Todos palhaços batiam no peito, e simulavam a um julgamento, alguns pediam aos outros respeito, mas tropeçavam nos seus paramentos.
As maquiagens, à luz derretiam, mostrando as faces de bufões e clows, e cá de fora o povo assistia,
as palhaçadas em meio ao caos.
Se escolheram juízes do pleito, dentre aqueles do mal acusados, coisas de circo, de ser imperfeito, tudo aquilo ali encenado.
Alguns lembraram da “Tropa de Elite”, e logo pediram: Eu quero sair! Outros ficaram, por puro acinte, pro povo chorar ao invés de rir.
Nesse congresso, se dane a plateia, mete-se a cunha pra jorrar dinheiro, e lá não falta quem tenha a ideia, de contratar um mestre calheiro.
Quando as raposas, espertas, felpudas, cuidam da porta de tal galinheiro, vão-se os ovos, galinhas rotundas, e o prejuízo é só dos granjeiros.
Se vão-se os anéis, mas, ficam os dedos, somem ,dos mesmos, as tais digitais; Usam-se luvas,se ocultam segredos. No picadeiro, artistas demais.
Narizes vermelhos, alvos colarinhos, mil palhaçadas embaixo da lona, e a plateia, lá fora do ninho,
faz seu papel, o de fanfarrona.
Nesse congresso tão diferente, sempre do mesmo a gente lá vê, os congressistas todos maquiados, mas o palhaço de fato é você.