HOLOCAUSTO
Ela me olhou, e havia tanta resignação e serenidade em seu olhar. Ali estava uma mãe que acabara de perder seu filho, de apenas sete anos de idade. O câncer fora vitorioso.
Pela minha função, seria para eu estar amparando, levando algum lenitivo aquela mãe, que eu vira amparar e cuidar de seu querido filho, por mais de um ano, naquele hospital. No entanto, em silêncio eu, somente aprendia com ela.
A resignação, a coragem, e amor doação, de uma mãe que sublimou a dor, transformando-a em lição.
Com voz serena ela me dizia: - "Agradeço muito a Deus, por ter me feito mãe, nada me ensinou tanto na vida, quanto a maternidade. Esse é um amor diferente, e maior do que todos os outros. Minha gratidão é imensa por Deus ter levado o meu filho, e não a mim".
Diante do meu olhar de interrogação, pela última frase dita por ela.
Ela continuou a dizer: - "A orfandade é algo temeroso, eu a vivi em minha infância, por isso prefiro dar-me em holocausto, e viver a dor imensa do luto, pela ausência dele, do que ser ele a ter que viver sem mim. Sei o quanto seria duro para ele a vida sem mãe, sem o amor e a proteção materna".
Fiquei mais um pouco ali, ao lado daquela mulher, a quem eu, supostamente deveria levar consolo, e ajudar no momento doloroso da perda de seu filho.
Na verdade, pouco fiz, a não ser, segurar suas mãos entre as minhas, olhá-la com carinho e admiração, e aprender, aprender muito com ela.
(Imagem: Lenapena)
Ela me olhou, e havia tanta resignação e serenidade em seu olhar. Ali estava uma mãe que acabara de perder seu filho, de apenas sete anos de idade. O câncer fora vitorioso.
Pela minha função, seria para eu estar amparando, levando algum lenitivo aquela mãe, que eu vira amparar e cuidar de seu querido filho, por mais de um ano, naquele hospital. No entanto, em silêncio eu, somente aprendia com ela.
A resignação, a coragem, e amor doação, de uma mãe que sublimou a dor, transformando-a em lição.
Com voz serena ela me dizia: - "Agradeço muito a Deus, por ter me feito mãe, nada me ensinou tanto na vida, quanto a maternidade. Esse é um amor diferente, e maior do que todos os outros. Minha gratidão é imensa por Deus ter levado o meu filho, e não a mim".
Diante do meu olhar de interrogação, pela última frase dita por ela.
Ela continuou a dizer: - "A orfandade é algo temeroso, eu a vivi em minha infância, por isso prefiro dar-me em holocausto, e viver a dor imensa do luto, pela ausência dele, do que ser ele a ter que viver sem mim. Sei o quanto seria duro para ele a vida sem mãe, sem o amor e a proteção materna".
Fiquei mais um pouco ali, ao lado daquela mulher, a quem eu, supostamente deveria levar consolo, e ajudar no momento doloroso da perda de seu filho.
Na verdade, pouco fiz, a não ser, segurar suas mãos entre as minhas, olhá-la com carinho e admiração, e aprender, aprender muito com ela.
(Imagem: Lenapena)