Pé de flamboyant
Pé de flamboyant, que lindo que ele era.
Na beira da estrada que chamávamos de areão do seu Braz.
Toda vez que papai cavalgava pela estrada do areão, montado na velha e dócil mula chamada Suzana, uma mula marchadeira, que na juventude era tordilha negra e que no tempo do flamboyant que eu conheci, já estava idosa, dizia que o cheiro do perfume das flores do flamboyam eram inesquecíveis.
Quando chegava a primavera, o pé de flamboyant era o primeiro a perfumar dos a estrada do areão, além da sombra que ele oferecia ao gado que papai possuía e que ficava sempre no pasto onde vivia o Flamboyant
Pé de flamboyant, que bonito que ele era!
Principalmente quando chegava a primavera.
Quando ele estava bem florido era época da festa da capela.
Época de comprar roupas novas, sapatos novos, meias novas, tudo para festejar Nossa Senhora.
Mamãe com um ramalhete de flores de flamboyant para colocar no andor de Nossa Senhora, todo cheiroso.
E eu, na mais alta infância, sempre perguntando para ela: Por que o andor da Mãe de Jesus tem o mesmo cheiro da baixada do areão?
Pé de flamboyant, que bonito que ele era!
É isso aí!
Acácio Nunes