Rally dos Sonhos
Naquela manhã de quinta-feira, o sol estava tão brilhante e tão belo que não havia nenhuma nuvem a ofuscar o reluzente firmamento -estava um céu azul de brigadeiro. Convite especial para uma bela viagem, que naquele momento Ellen começaria. Naquele dia, ela se encheu de grande expectativa, pois havia ganhado um prêmio em seu trabalho – uma viagem à cidade de Salvador, e, estava dirigindo-se para o aeroporto, com uma ânsia imensa, típica de quem vai ao encontro do desconhecido. Já havia conhecido anteriormente àquela cidade - tinha viajado anos atrás com seu esposo; mas agora era diferente, estava indo sozinha e lá encontraria um grupo de pessoas, que igualmente haviam sido contempladas com este final de semana, num Resort magnífico, na Praia de Itapuã. O transcurso a ser feito de carro até o aeroporto, é de 280 km, então há tempo suficiente, para imaginar muitas coisas, e, escutar muita conversa dos passageiros que dividia o táxi. Imaginava como seriam as pessoas que lá encontraria, pois iam pessoas de todas as regiões do Brasil. Embora do mesmo país, mas cada estado tem sua cultura, e, com certeza nesse encontro não seria diferente. Chegando ao aeroporto, ainda esperou umas três horas para o embarque. Chegando o momento tão esperado, embarcou e teve um ótimo vôo, e, logo chegou a Salvador. Lá, estava uma equipe muito bem estruturada para a devida recepção, dos que já estavam a chegar em diversos vôos. Logo houve a apresentação e translado até o hotel. Esplendoroso!!! Que visual!!! Ainda teve a oportunidade de vê o por do sol, naquela aprazível praia. E foi aquela acolhida nunca tida antes, pois jamais havia feito uma viagem assim. Realmente era um sonho. Todos os detalhes foram observados. Então partiram para o check in, e em seguida dirigiram-se para seus apartamentos - aconchegantes, pomposos, pena que cada pessoa estava sozinha, era um desperdício!! Tanto conforto, tanta beleza sem ter com com quem dividir.
Logo que Ellen adentra ao apartamento, encontra um convite – seria o jantar de boas vindas, no restaurante do hotel. Então ela observou tudo ao seu redor e teve vontade de ficar ali mesmo, de não descer ao restaurante. Estava bastante cansada. Seus últimos dias, antes da viagem tinham sido muito corridos. Mesmo assim, tomou um longo banho e preparou-se para o jantar. Colocou uma roupa confortável, mas elegante, que combinava com seu jeito, não era bonita, mas tinha um carisma especial. Em seguida, dirigiu-se ao local indicado. Estava tudo lindo, lindo!! Um banquete!! Era um ambiente elegante e ao mesmo tempo descontraído, especialmente reservado para o grupo, que somava 102 pessoas, onde todos foram apresentados. A partir daí começaram os novos contatos... conversa vai, conversa vem, falando de trabalho, de família, coisas que eram comuns, pois todos trabalhavam com o mesmo ramo, e estavam ali por terem alcançado objetivos importantes no ano anterior, diante da Companhia. Terminado o jantar, Ellen ficou com um grupinho de pessoas a conversar, ouvindo música popular brasileira, enquanto outro grupo dirigiu-se para a balada. Ellen estava meio encabulada, era a primeira vez que viajava sozinha, mas saiu-se muito bem, logo se retirou e foi para seu apartamento. Logo que entrou, deparou-se com um novo programa para a manhã seguinte: um passeio de Escuna a Itaparica, logo após o café. A noite passou rápido. O interfone tocou para avisar que o café já estava sendo servido. Ellen, já havia tomado banho e trocado de roupa, então desceu para o restaurante. O café da manhã estava delicioso. Tudo perfeito! Após o café, Ellen foi ao apartamento pegar sua bolsa com o necessário para o passeio à ilha. Foram 02 ônibus para fazer o transporte do pessoal do Hotel a Marina, onde embarcariam nas Escunas(espécie de pequeno navio a vela). Também foram duas. Antes, imaginava que fosse temer tal passeio - antes jamais havia navegado no mar, mas se enganou. Foi tudo muito tranqüilo. O mar estava lindo e Ellen estava ali, no meio daquela imensidão de águas.
Já conquistara um bom número de “amigos”, e foi um dia muito agradável. No retorno, quando desembarcaram, visitaram alguns pontos turísticos, e foi concedido um tempo para fazer compras, fotos, e, após houve o retorno para o hotel, onde foi servido o jantar livre. Na manhã do sábado, Ellen resolveu ir também ao tour pela cidade histórica. Foi fantástico! Conheceu praças, mercado modelo, igrejas, pelourinho, elevador lacerda, entre outros pontos, e até posou para muitas fotos com os novos amigos. Almoçou juntamente com todos no Restaurante da Zazá. Atendimento perfeito - comidas típicas, manjar dos deuses! Naquela noite, Ellen se encheu de saudade, quando houve a festa de despedida. Parecia um sonho! Houve a troca de telefones, endereços, e-mails, etc. No dia seguinte, retornaria para sua monotonia, seu mundo real. Pessoas que ali conhecera, talvez jamais voltasse a encontrar. O que realmente importava era a amizade, nascida a partir daquele sonho vivenciado em conjunto. Ellen voltou. Outra pessoa. Outra mulher.