ATÉ QUANDO?

Maria despertou. Ainda sonolenta, afastou a cortina e conferiu o dia; “Graças a Deus” disse baixinho. Pra ela, cada dia nascia como presente. Foi até a pequena cozinha, pôs a água no fogo para preparar o café. Meditou sobre a vida: Nascida e criada na comunidade, ela sonhava com dias melhores... “Principalmente sem a violência” pensava.

Assim como a maioria das mães, Maria se preocupava com o futuro dos filhos. E o futuro, começava no momento em que eles saíam para a escola, quando tinha aula. A convivência com homens armados, provocava a banalização do problema. Era comum ver as crianças brincando entre armas e drogas. “O que fazer?” questionou sem respostas. “Promessas?” só em tempos de Campanhas Políticas. Sentia a solidão da marginalidade. Num repente, um estampido. Instintivamente, jogou-se ao chão. Foi até o quarto onde o filho, ainda, dormia... Viu o sangue... Em desespero levantou-se a correu até a cama... Só deu tempo de olhar o último olhar do filho de seis anos em meio ao sangue provocado por, mais, uma bala perdida... Sem autor, sem Lei, sem Constituição. Resta a Maria, o que resta a outras mães: Enterrar o filho e chorar a morte... Sem Lei, sem Estado, sem Constituição.

Nota do autor: Desculpem-me pelo texto, infelizmente baseado em fatos reais e presentes na sociedade; porém, é minha forma de desabafar e exigir atitudes sérias.

Enviei para o Presidente do Senado, a seguinte proposta: Que passe a ser considerado hediondo o uso indevido de armas exclusivas das Forças Armadas; e que tal crime passe a ser de competência da Policia Federal.

Caso você concorde, repasse o conto acima com a proposta para seu Deputado Federal e Senador.