REFLEXÕES  NAS RELAÇÕES DE FAMÍLIA
Por: Tânia de Oliveira
 
      Irene desde que iniciou o curso de Ciências Sociais só fala na professora de Sociologia. A irmã mais nova pergunta por quê? Ela responde evasiva: - Conversar com a  Professora Talita é sempre o máximo. Não só por ela ser uma pesquisadora, socióloga, mas principalmente por ser uma mulher extraordinária. Nas aulas dela nós viajamos pelas comunidades mais diversas possíveis. Ela nos faz pesquisar sobre os conteúdos mais intrigantes. Essa semana ela colocou no quadro a seguinte frase: - A Família nos leva a dor. É na nossa clã familiar que nos deparamos com as mais controvertidas sorte  de lições. A família nos faz crescer porque nela aprendemos a nos defender de nossos piores inimigos! Comente.
     - Gente foi uma polêmica. Saiu coisas quase que contraditórias. Dos depoimentos de família “maravilhosa” até depoimentos de abuso sexual do próprio pai!
     A irmã caçula foi logo querendo conhecer os comentários da irmã. E surpreendeu-se.
     Leu o seguinte:
     -  A família é uma faca de dois gumes. Ou ela nos levanta ou ela nos destrói. Quando se é filha de pais separados nos deparamos  com os pais sem máscaras. Geralmente a mãe relaxa conosco porque está emocionalmente quebrada correndo atrás de sua auto afirmação. As pessoas, os próprios parentes se distanciam.  Quando ela arranja um companheiro, é de  um estranho que temos que nos precaver. Embora mesmo assim o amor da mãe ainda parece ser o que nos resta de melhor. Quanto ao pai geralmente envolvido com outra mulher vira um “panaca”. Entra no jogo da “madrasta boazinha” e detona nossa relação com cobranças e comparações imbecis. E quando nasce um(a) filho(a) aí a coisa pega. Porque passamos imediatamente para o segundo plano. E ele ainda insiste em nos convencer que as coisas não estão melhores porque “não contribuímos” . Dizem que existem pais diferentes, mas nas minhas observações só existem outra alternativa: o que finge ser diferente!
     -Aí a gente pira, continua ela. Entramos em depressão. Roupa suja, espalhadas, notas baixas e uma vontade louca de chutar a lixeira! Aí você aprende a dissimular, a fingir, para poder circular sem muito  atrito... entre “seus familiares”. O que termina num grande teatro entre inimigos, madrasta e padrasto , que nos ajuda a amadurecer mais rápido ou a endoidar de vez!
     - Irene, grita Aninha! Também estou nessa irmãzinha, me ajuda! Não aguento a ausência de nosso pai e de nossa mãe. Não aguento “isso” que eles se tornaram. Antes era bem melhor!!!
     - Calma irmãzinha! Nada garante que nossos pais juntos as coisas estariam melhores. Eles viviam indiferentes um com o outro, quase não se falavam... Eles têm direito de tentar com outra pessoa. E nós temos que entender. Afinal daqui a pouco estaremos constituindo nossa própria família...
     - Mas... e aquilo que você escreveu! Perguntou a irmã caçula.
-Bem, aquilo é para mostrar que os grupos familiares não são o mar de rosas que querem mostrar... mas você precisava ver as outras redações! Cada uma mais surpreendente que as outras!  Outro dia conto tudo pra você!
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 03/02/2015
Reeditado em 04/06/2015
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