SANICA !!! INESQUECÍVEL!!!

Lembranças de uma infância feliz e bem vivida vão e voltam sempre e, numa destas idas e vindas, a D SANICA, uma mulher simples, bondosa e carinhosa, amiga de minha avó Antônia, frequentadora assídua da Pensão da Vovó que ficava em frente á Estação Ferroviária, era sempre bem recebida quer para “filar boia” como para prosear e de quebra levar uma ajuda sempre benvinda que a vovó dava para ela , na cidade de Ipameri Goiás onde nossa família residia e onde ficava a Pensão tão querida e acolhedora.

Tanto minha avó, meus pais e demais parentes tiam um grande coração e sempre ajudavam muito os menos favorecidos sem fazer diferença nenhuma no tratamento dispensado aos demais amigos. Bem, D SANICA, morava numa casinha que ficava morro acima depois da linha de ferro, tinha um quintal repleto de árvores frutíferas, um galinheiro pequeno, uma horta de verduras bem pequena, pés de jabuticaba que nos atraia sempre, aliás quase todas a vezes que estávamos, meus irmãos, primos e eu na casa da vovó que ficava na própria pensão, a gente sempre pedia: Vó deixa a gente ir na D. SANICA? E após o sim, saiamos correndo escutando mesmo de longe as recomendações: Cuidado ao atravessar a linha férrea! e, estávamos acostumados a trafegar por aquelas paragens, graças á Deus sempre em segurança.

D Sanica nos recebia sempre alegre e deixava a gente brincar em cima das árvores, comer frutas e ficar por lá um tempão. Sempre tinha algum agrado. Ao voltar para casa ela sempre mandava alguma encomenda para a vovó. Gostaria de poder descrever melhor aquele recanto tão simples, tão limpinho, tão repleto de novidades para explorarmos em meio às árvores e plantação.

Nós obedecíamos muito e a hora de voltar era sagrada. Ao descer a rua de terra sinuosa, cheia de buracos íamos felizes e contentes, parando por qualquer motivo, coisa de criança. Quando chegava à linha da estrada de ferro onde tínhamos que atravessar, parávamos um pouco onde ficavam muitos vagões vazios e, sempre subíamos nos vagões para brincar um pouco longe das vistas dos empregados. Usávamos uma mangueira que ficava nos lados de fora dos vagões, um ficava de um lado e o outro do lado oposto usando esta mangueira como telefone. Acho que nem sabíamos que chamava telefone, só sei que um falava e o outro escutava, era uma briga para chegar a vez de todos. Nossa!! Inesquecível!! Jamais cansarei de procurar no meu baú de lembranças tantas passagens especiais que vivi na minha querida cidade de IPAMERI GO e tenho certeza que muitos leitores vão se identificar com minhas ricas lembranças.

O tempo passou, passou e nossa querida D sanica lá estava de braços abertos para nos receber e certamente um dia tudo mudou, mas, só quero aproveitar hoje e sempre as bênçãos que recebi por conhecer pessoas maravilhosas e abençoadas.

Goiânia, 03 de março de 2013. Sônia.

Para meditar:

Louvarei ao SENHOR em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. Salmos 34, 1. Bíblia Sagrada.

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 02/02/2015
Código do texto: T5122955
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