O ESQUIZOFRÊNICO DA CASA DE NARDELIA

O ESQUIZOFRÊNICO DA CASA DE NARDELIA

Macarrão havia chegada ao seu limite. Chegou a sua kitinete A10, trocou de roupa sentou-se no banco da cozinha e bebericava o café.

Pensava como tinha sido aquela noite, não dormira. O óleo havia acabado seu filho a muito não tomava o leite quentinho de outros tempos, mas agora comia aquele angu doce que ele fazia toda noite, seus olhos marejavam não podia permitir que seus vizinhos o vissem chorando, mas era doloroso entrar naquela kitinete sem luz, e com a porta escorada pela mesa já havia dito para Nardelia sobre a fechadura a luz. Um pedaço de colcha tapando a janela. A mulher foi embora com aquele malandro que vivia na C2 deixando o Vitinho com ele.

As vezes ia trabalhar a pé para sobrar algum, mas agora que a firma lhe dava cartão emprestava para os vizinhos para ficar com o dinheiro sabia que era errado mas o que fazer não poderia ver seu filho morrer a míngua. Ao fim do mês não recebia nada a não ser os vales da farmácia.

Chamaram seu nome;

“ Maçarão vem ver o Araquém bateu as botas”

“Que se dane era um safado tinha mais e que ir pros infernos” gritou ele La de dentro.

Ele não escutava parecia que uma parte do seu cérebro havia sido arrancado e jogado dentro daquela fonte artificial no canto do muro, ele só ouvia o barulho da água descendo e subindo.”Seria outra crise?” pensou:, Ouvia seu filhinho chorando com as mãozinhas estendidas. Olhava pela a janela o céu nublado. Macarrão ouvia seus vizinhos sorrindo no fundo do corredor,( o ser humano é mau o homem esta ali morto e todos rindo; pensou) seu coração batia cada vez mais forte sua cabeça zunia, vozes como trovões á lhe dizerem; “fracassado fracassado” Sorrisos mordazes e a janela do segundo andar aberta a chamá-lo; “Mas como ficaria meu filho? Pensava”. As vozes continuavam a cantar uma cantiga que ele não entendia. Bocas lhe sorriam. De repente surge a sua frente um palhaço com um enorme nariz roxo com uns bonecos pendurados por barbantes a dançarem e lhe convidar a entrar no circo da vida. Seu filho chora ardentemente perde o fôlego, Um leão ruge ao seu lado e uma trapezista nua insinua para ele, macarrão sorri cada vez mais alto e já não consegue mais parar e o riso atravessa a porta vai pelos corredores da casa atravessa bairros e entra pelos portões do manicômio. Abre a porta da kitinete sai andando pelo corredor com o filho no colo iria entregá-lo para sua mãe. E voltaria para tentar dormir mesmo tomando seus remédios de tarja preta, mas se perdeu na volta e foi dormir no banco do parque.