Orrevuá...

Cantava nada o Gilberto. Mas era o Bécaud, certo? E nem precisava soltar a voz, com tanta musa ao seu redor, numa tietagem atroz. Que cantasse então o Cabrito, ao Bécaud bastava ser bonito, em seu imperial rito.

Contudo, e com tudo bem contado, perfeito não era o danado. Faltava-lhe uma significativa pontinha. Mas, Julieta, não se arremeta, de falo nada falo, o que lhe faltava era uma falangeta, justo na hora de tocar uma clarineta. Que perdera numa de suas malazartes, e a razão nunca vi explicada. A consequência era que sua letra saía tombada, e pra furar bolo era uma parada...

E aí, quando nas paradas de sucesso, um outro Gilbert estourou, lá na França, se seguro estou, passamos a ter dois Bécauds...Um com o Au Revoir, outro com a gente a estudar... Mas como dois bécauds não se beijam, era fraco o francês do Gilberto, mas, seu outro, que não era de Minas, não chegava a rivalizar em tantas minas...

E mais ainda digo procês, antes de Bécaud, esse nosso Gilberto era inglês, assim como era tratado seu pai, em razão de bretã herança, pelo jeito, mais sortuda que a de França...E se mais quixotesca coisa saber quiseres, pergunte ao Sancho Pança...ou Sans Chupance?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 04/01/2015
Reeditado em 04/01/2015
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