UMA CIGARRA A ME ESPREITAR

UMA CIGARRA A ME ESPREITAR

No domingo – 28/12/2014, em torno das 12h10 minutos, ao retornar de um passeio solitário de bicicleta, uma vez tendo chegado à rua onde moro, parei a bike sob uma frondosa árvore, aproveitando-me da generosa sombra, para fazer alongamentos pós-atividade.

Mexe daqui, mexe dali, estica de cá, estica de lá, movimenta a cabeça para um lado, para outro e eis que percebo uma cigarra meio esverdeada a me espreitar.

Ela estava a aproximadamente 1,5m de altura, como que pretendendo descer da árvore para o chão. Trajetória essa que, a minha simples presença inibira.

Ao avistá-la lembrei-me logo de retirar o celular de um dos bolsos da blusa de ciclista, objetivando fotografá-la.

Enquanto me entretive com a retirada do celular, após me voltar para a árvore-hospedeira, a cigarra não estava mais no local onde a eu vira.

Fiquei decepcionado comigo mesmo, em ter me distraído e perdido a ocasião de ao menos ver de que forma ela se retirara dali.

Procurei e eis que visualizei a cigarra a uns dois palmos acima, movimentando-se, cuidadosamente, para um ponto mais alto.

Liguei a câmara do celular e sutilmente tirei a primeira foto. A cigarra movimentou um pouco. Aproximei-me ainda mais e, ao mesmo tempo em que a cigarra se distanciava, tirei a segunda foto e outras mais, registrando também materialmente aquele agradável acaso.

Num passado não muito distante uma situação dessa só nos era possível registrar em memória, pois, praticamente ninguém saia por aí com uma máquina fotográfica. Agora, com o advento dos celulares e com eles os infindáveis aplicativos e recursos a eles atrelados, já nos é possível eternizar certos momentos, ainda que inesperados

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Foi muito bom te encontrar cigarra e me desculpe pelo lampejo de paparazzi!

Rafael Arcângelo
Enviado por Rafael Arcângelo em 31/12/2014
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