TUDO É ROTINA.

Tudo quieto.

Apenas uma folha já velha e esturricada pelo sol cai da árvore e é levada pelo vento, pousando no chão daquele jardim florido.

Por outro lado a esperança nasce e renasce.

E sempre está do lado, dia após dia, daquele homem que caminha pelo mesmo jardim.

Com passos largos e rápidos ele procura chegar ao seu destino.

Passou perto daquela folha, mas sequer pisou nela, e cansado, sentou-se no banco.

Agora chega uma brisa e o vento leva a folha para perto do homem, tocando os seus pés.

Com leve movimento e sem sair do banco, o homem se curva devagar e pega aquela folha já seca pelo tempo.

Esfregando-a em suas mãos postas acaba jogando os seus fragmentos para o alto, que caem novamente no chão ao mesmo tempo que o homem levanta e continua a andar rumo ao seu destino.

LFA - 22.08.2013

Lúcio Flávio de Albuquerque
Enviado por Lúcio Flávio de Albuquerque em 05/12/2014
Reeditado em 23/05/2016
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