NEM TUDO É PERFEITO
NEM TUDO É PERFEITO
Mais uma vez estou dentro de um ônibus coletivo. Indo para o trabalho, num horário forçado, na parte da manhã, ou seja, recebi permissão para chegar depois das nove horas; assim estamos fora do horário de pico.
O ônibus está relativamente vazio, constato isto por que têm uns três bancos desocupados “vazios”, apesar de uns quatro usuários estarem de pé (isto é lá com eles. Se o ônibus estivesse lotado eles queriam se sentar; com certeza!). Estou sentado. O banco á minha frente está vago.
Numa parada, em um ponto regular, entra uma... Como vou caracterizá-la? Uma gata! Gata já está ultrapassado. Um violão! Mais ultrapassado ainda. Uma boazuda! Muito vulgar. Que seja então apenas uma mulher bonita e sensual (mas gostosa! Não abro mão).
Assim que a beldade adentrou pela porta da frente, do ônibus, comecei a torcer para ela sentar no banco á minha frente, pois queria admirá-la. Comigo não passa disso. Admirar. Nunca tenho peito para uma cantada; e nem faria, ou melhor, nunca fiz e nem farei uma afronta destas á minha esposa. Olhadelas e admirações de corpos esculturais e pernas fenomenais, tenho alvará para tanto; e proceder dentro dos meus conformes.
Pois bem, quando a dita cuja belezoca se sentou... A primeira decepção foi o perfume. Que cheiro horroroso! A segunda decepção veio na forma de piolhos e lêndeas. Os bichinhos passeavam por sua cabeça na maior liberdade e desenvoltura.
Nem tudo é perfeito... Quem sabe a próxima não seja só bonita, mas também higiênica.
Estou no aguardo, inclusive com jurisprudência daquele alvará acima supracitado.