NEM TUDO É PERFEITO

NEM TUDO É PERFEITO

Mais uma vez estou dentro de um ônibus coletivo. Indo para o trabalho, num horário forçado, na parte da manhã, ou seja, recebi permissão para chegar depois das nove horas; assim estamos fora do horário de pico.

O ônibus está relativamente vazio, constato isto por que têm uns três bancos desocupados “vazios”, apesar de uns quatro usuários estarem de pé (isto é lá com eles. Se o ônibus estivesse lotado eles queriam se sentar; com certeza!). Estou sentado. O banco á minha frente está vago.

Numa parada, em um ponto regular, entra uma... Como vou caracterizá-la? Uma gata! Gata já está ultrapassado. Um violão! Mais ultrapassado ainda. Uma boazuda! Muito vulgar. Que seja então apenas uma mulher bonita e sensual (mas gostosa! Não abro mão).

Assim que a beldade adentrou pela porta da frente, do ônibus, comecei a torcer para ela sentar no banco á minha frente, pois queria admirá-la. Comigo não passa disso. Admirar. Nunca tenho peito para uma cantada; e nem faria, ou melhor, nunca fiz e nem farei uma afronta destas á minha esposa. Olhadelas e admirações de corpos esculturais e pernas fenomenais, tenho alvará para tanto; e proceder dentro dos meus conformes.

Pois bem, quando a dita cuja belezoca se sentou... A primeira decepção foi o perfume. Que cheiro horroroso! A segunda decepção veio na forma de piolhos e lêndeas. Os bichinhos passeavam por sua cabeça na maior liberdade e desenvoltura.

Nem tudo é perfeito... Quem sabe a próxima não seja só bonita, mas também higiênica.

Estou no aguardo, inclusive com jurisprudência daquele alvará acima supracitado.

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 27/11/2014
Código do texto: T5050254
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.