O DESAPARECIMENTO DO GATO NANINHO (um conto real e emocionante)
Aquela madrugada de segunda-feira parecia que seria como qualquer outra, até que algo inesperado aconteceu.
Há dias que o senhor Aldino, renomado protético, com quase três décadas de experiência, atuando na Galeria Pedro Jorge, endereço popular em Fortaleza, perdera seu gato de estimação e vivia como se a vida tivesse em parte ruído.
Era comum vê-lo pelos corredores, procurando inconsolável, seu bichano: “Naninho, onde você está? Naninho, apareça, por favor!”
Dava dó de presenciar seu sofrimento. Algo teria que ser feito, de forma que o vigilante J. Mendes se propôs a ajudar. Em uma de suas rondas, deparou-se com Naninho, visivelmente magro e faminto.
O que teria acontecido com ele? Por que não voltou pra casa, se estava tão próximo dela?
Aproximou-se e tentou pegá-lo para, pela manhã, entregá-lo ao desorientado amigo.
Naninho correu pra debaixo de uma telha, onde estava a razão de seu desaparecimento: a gata listrada e seus belos filhotinhos.
Ele os protegia o tempo inteiro como um destemido, devotado e fiel escudeiro, o que não era novidade, uma vez que essa atitude lhe era costumeiramente peculiar.
Às cinco horas da manhã, quando o senhor Aldino chegou e soube do ocorrido, rapidamente o procurou e foi recebido de forma surpreendente. Naninho correu em sua direção e saltou em seus braços, recebendo o afago e carinho de seu companheiro de lida.
Emocionado, observando tudo em silêncio, o jovem vigilante sentiu-se realizado, como um herói que acabara de salvar duas vidas.
NOTA: Escrevi este conto, baseando-me em fatos reais.
O carinho que o senhor Aldino nutre por Naninho é deveras encantador, pois com o desaparecimento do fiel amigo, seus dias tornaram-se longas noites que pareciam não ter mais fim.
Se todos, ao invés de maltratar os animais, os tratasse com carinho, o mundo seria repleto de mais amor, pois os animais têm muito a nos ensinar quando o assunto é solidariedade, mesclada de verdadeira e incondicional amizade.