TOUCH SCREEN
Certo dia ao lançar mão um aparelho celular dos menos modernos para usá-lo, já fui logo deslizando o dedo pela tela na tentativa de procurar o aplicativo de meu interesse.
Somente quando não obtive o resultado esperado é que percebi que o aparelho não dispunha do recurso touch screen.
Essa mesma ocorrência eu já presenciara em relação a outras pessoas e em situações variadas. Mas o que para mim foi inusitado e me chamou a atenção mais recentemente, foi quando passava por um garoto de aproximadamente oito anos de idade que lia um livro. Ele fez o mesmo gesto de “deslizar” o dedo na folha, com o intuito de “passar a página”. Um dos seus coleguinhas que estava por perto, logo alarmou: Que isso Gabriel, livro não é celular não!
É evidente que o Gabriel passou a ser alvo de muita gozação, por parte de seus coleguinhas.
Esses fatos retratam bem como a tecnologia está se sobrepondo aos costumes mais sadios de ter a necessidade de realizar algum esforço para se obter um resultado, ao invés de já ter tudo pronto a tempo e à hora.
Coincidentemente, enquanto escrevia esta resenha, a televisão estava ligada no programa "Esquenta", apresentado pela Regina Casé e ela perguntou a uma das criancinhas, que aparentava sete anos de idade:
--- De que você mais sentiria falta, caso não tivesse?
A menina não titubeou e respondeu de pronto: --- Tablet.
Sendo assim, cada vez mais essas cenas se tornarão corriqueiras em nosso cotidiano.