Sobre rosas, Cartola e namoro.

Como diria a musica de Cartola: "queixo-me as rosas, mas que bobagem as rosas não falam...", pensava igual Cartola, achava que eu era a unica mulher do mundo que achava injusto matarem rosas por causa de amor que as rosas sequer conseguem sentir. Que bobagem rosas, que brega, que injustiça.

No dia 18/10/2014 comemorávamos o aniversário de 3 anos de namoro, o dia 18 foi uma data aleatória pois não sabíamos ao certo o dia que começamos a namorar, por isso sempre escolhemos um sábado no mês de outubro em que a noite esteja bonita. Bem escolhemos o dia 18. Dei de presente ingressos de uma banda goiana que ele é fã, acha genial, bem eu nem acho tanto assim, mas era dia de fazê-lo feliz. Estava preparada para ganhar um livro do Dostoiévski, ou um vinil novo dos Beatles, uma pinga de engenho nova que ele descobriu, ou ainda um manual de esperanto que estou aprendendo e estou empolgadíssima.

Bem, ele me deu um buquê de rosas, não entendia bem o porque, até segurá-lo em minhas mãos, que bobagem as rosas falam. São tagarelas. A cada cheiro que eu sentia se transformava em gotas de amor e caiam dos olhos em lágrimas. Continua sendo brega. Mas o que é o amor se não a coisa mais brega que existe? Mais brega do que tecno brega ou homens dançando axé.

As rosas me contaram em segredo o quanto ele me amava, e o quanto a noite do dia 18/10 seria maravilhosa.