Bilhetinho suicida
_Mestre! Mestre! A vizinha mandou entregar um bilhete pro senhor.
_De novo? Deixa eu ver.
“Verner (sem querido!)
Como você pode? Me desgraça de um jeito que jamais vou ter coragem de ver minha mãe de novo, promete mundos e fundos e depois me troca por uma vadia qualquer? Depois de todos esses meses! Eu te disse que dependia de você não disse? Você disse que ia cuidar de mim e do nenem. E agora isso! Eu vou morrer, Verner e quero que fique sabendo que a culpa foi toda sua!
Suellen”
_Lamentável _Verner balançou a cabeça. _Realmente, estou mal comigo mesmo. Oito meses com essa mulher e nem consegui ensiná-la a não começar frases com pronome oblíquo.