GENTILEZA GERA GENTILEZA

Eu acabara de fazer compras num supermercado e descia uma rampa à frente do carrinho de compras que estava sendo conduzido pelo meu filho, para melhor segurança dele, quando encontramos um funcionário do estabelecimento empurrando, rampa acima, vários carrinhos de compras ao tempo que puxava um outro bem maior. Observando a dificuldade do trabalhador, também idoso como eu, pedi-lhe que soltasse o carrinho maior e assim eu o empurrei até o alto da rampa. Nada demais nisso, penso eu. Retomei minha descida rumo ao estacionamento onde deparei com um garoto de cerca de 11 anos vindo em minha direção, saído não sei de onde, com o braço direito estendido oferecendo-me um aperto de mão. Pensando tratar-se de um conhecido ou filho de algum conhecido, apertei-lhe a mãozinha firme e ele disse-me: "Parabéns! Pouca gente faz isto". Surpreendido pela atitude do garoto apenas respondi: "Foi um prazer!". Assim como ele apareceu em minha frente também desapareceu sem que eu pudesse atentar para onde. Não o vi mais e aí caiu-me a ficha e me emocionei. Procurei pelos carros próximos, tentei vê-lo caminhando ou correndo em alguma direção e nada. Confesso: se eu o tivesse encontrado naquele mesmo dia talvez não o reconhecesse. Sei que gentileza gera gentileza, mas o que aquele menino fez comigo não foi apenas uma gentileza, ele renovou minha esperança num amanhã pleno de paz, solidariedade e amizade e ainda fez confirmar para mim existência dos Anjos de Deus. Obrigado, moleque, belo exemplo de educação de berço! Deus lhe abençoe e guarde!

AGOSTINHO PAGANINI
Enviado por AGOSTINHO PAGANINI em 06/10/2014
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