Até que a realidade nos separe

Fulana conhece sicrano e, inicialmente, ambos se encantam um pelo outro. Paixão! Marcam encontros, descobrem afinidades, uma mão boba em cima da outra. Beijos sôfregos. Ligações, passeios, viagens e declarações de amor no facebook. Loucura! Cama, noites de virarem os olhos. Não pensam nem sequer na possibilidade de ficarem separados. Um minuto longe e a saudade já cerca os muros do coração. Te amo, te amo..não vivo sem você.

Todavia, dois anos depois, a mesmice. Não há mais criatividade, nem aquele ímpeto de se procurarem como outrora. Chatice. O beijo é fraco, a pegada é falsa e o sexo...sem graça. Descobrem-se as diferenças e nascem os conflitos. O encanto se esvai pelas mãos dos pombinhos e a realidade finca sua bandeira no território que era do já derrotado amor.

Suportam resignados um a cara do outro. Afinal, aprenderam que vínculos afetivos são eternos. Eu lhes disse bem : aprenderam. Mas a realidade, ensinou-lhes que não. Desilusão.

Graciliano Alves de Azevedo
Enviado por Graciliano Alves de Azevedo em 27/09/2014
Código do texto: T4978914
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