POVO BRASILEIRO
Ele morreu numa tarde de sexta feira
no morro gentechama-me, ali ali á beira mar,
não o beira mar do ódio mas o beira do amor.
Seu corpo foi crivado de cravos
e não gemeu a sua dor.
Ele agonizou agonizou sobre a policia
que lhe sorria do alto de sua hipocrisia.
ele morreu em pro dos guetos,
Vilas e favelas, ele não tinha uma correia de
Fina fivela.
Ele morreu ignorando o senado,
ele morreu bebendo um gole de vinho
sobre a câmara da morte.
ele morreu sorrindo, chorando pela sua comunidade.
Ele gritou na cara dos políticos as suas demagogias a verdade dos simples.
Ele morreu, ele morreu pelas domesticas serventes, pedreiros, gente media gente pobre.
E depois viveu e depois morreu e depois viveu,
pra esfregar na cara dos que fingem ser e nada é
o pano sujo de seus canceres.
Ele nasceu na mangueira, pedreira, e todas as pobres nolopis,
de São Paulo,
e em cada vila do sul, norte e nordeste do Brasil .
Ele era o cara, ele foi o cara ele é o cara.
Nada do que esta ai para tentar nos convencer não são os caras
mas a careta de um certo ser, o poder.