DORA - ÚLTIMA CENA
Dora persistia, porém, não mais suportava.
A dor que por ora a acompanhava na superficialidade das suas angústias, agora ganha forma atormentando seu corpo frágil e atrofiando seus pensamentos mais sutis.
A morte era certa.
Precisava apenas contribuir para que o destino cumprisse o fado.
Resolveu deitar-se e aguardar.
As horas passavam e seu estado agravava-se.
Imagens mórbidas como num labirinto lentamente esmiuçavam diante da sua visão opaca.
Último suspiro... Única certeza... Era o fim.