Preconceito
Tânia estava em um grande dilema porque seus pais a haviam chamado para conversar sobre seu namoro com Eduardo. Eles foram bem claros ao dizer que se ela estivesse pensando em casamento era melhor desistir. Porque eles jamais iriam aceitar, não havia criado uma filha para casar com um homem que tomava remédio de tarja preta. Se ela cometesse tal atrocidade poderia esquecer que eles existiam se levasse o namoro adiante, poderia esquecer que eles eram seus pais.
Por isso é que ela estava muito aflita, não havia dormido nada durante a noite toda. No trabalho não quis falar com os colegas, mas todo havia notado que algo não estava bem com aquela colega tão querida, mas respeitaram a decisão dela em ficar em silêncio. Quando teve um tempinho ligou para Jane sua melhor amiga, era amiga deste a infância. Nela podia confiar desabafar o seu drama, Quando se encontraram na hora do almoço, contou tudo para amiga. Jane a ouviu em silêncio.
Ficou esperando a amiga falar alguma coisa, mas ela ficou calada até que não agüentando mais perguntou se ela não iria dizer nada, simplesmente respondeu consulte o seu coração, descubra qual é o grau de importância que o Dudu tem para você. Quando abriu a boca para responder, Jane disse não diga nada para mim pense, responda para si mesma. Foi mais uma noite sem dormir pensando, no dia seguinte sabia o que diria aos seus pais.
O namoro continuou, seu pai disse que o namorado dela não era bem vindo a sua casa. Na hora do almoço, quando eles se encontraram para almoçar juntos, contou tudo a ele, Dudu ficou muito contrariado com a atitude dos pais dela, mas disse que juntos iriam enfrentar aquilo tudo porque a amava como também descobriu como ela o amava ou dizer aos pais que iria continuar juntos. Daquele dia em diante, passaram a namorar depois do trabalho, porque ambos trabalhavam na mesma empresa. O amor deles fortalecia a cada dia mais até que ficaram noivos.
Ficaram noivos em uma sexta feira após o trabalho quando saíram com os colegas de trabalho para espairecerem e se divertiram depois de uma semana puxada. Tânia assustou quando viram seus patrões chegando naquele barzinho simples aonde sempre a turma ai, eles chegaram sentaram juntos com eles parecendo estar muito felizes de estarem ali com eles. Quando Eduardo se levantou, ajoelhou junto a ela perguntando se aceitava casar-se com ele, porque ela era a mulher da sua vida, era a mulher com quem queria dividir tudo, a mulher que queria para mãe de seus filhos. Ela disse que sim e o beijou chorando.
No sábado quando levantou toda feliz, na hora do café da manhã sua irmã vê a aliança em seu dedo perguntando o que ela aquilo, respondeu que havia ficado noiva, iria se casar com o homem de sua vida. Sua irmã grita mãe, pai vem cá depressa para vocês verem uma coisa, eles foram, sua irmã disse a Tânia ficou noiva, vai se casar com aquele Epilético. Seus pais fecharam a cara saindo da sala de jantar sem dizer uma palavra se quer. Para eles foi como se nada tivesse acontecido, não tomaram conhecido do casamento, como também não ajudaram em nada, por isso ao mesmo tempo que ficava alegre com a aproximação do casamento ficava triste com a atitude de seus pais.
A única coisa que seus pais disse a ela que não aceitava que ela mandasse convite para nenhum membro da família, nem para os parentes, ela acatou a decisão deles, mas convidou os seus vizinhos, os amigos mais chegados e todas as pessoas do trabalho, mas deixou um convite em sua casa para que seus pais como seus irmãos visse porque tinha uma pequena esperança que eles mudasse de opinião. No grande dia, Eduardo entrou com sua mãe, ela com seu sogro, ficou muito triste quando não viu ninguém da sua família na igreja, mas como havia prometido a si, não iria chorar, não chorou. Principalmente porque todos estavam felizes ao vê-los casados.
Seus sogros fizeram uma grande festa para comemorar a união deles porque eles a amavam como filha. Mesmo estando triste por dentro, sorria porque via o quando Eduardo, sua família estavam felizes. Tânia pensou tudo isso enquanto via com que orgulho seu pai apresentava Eduardo para um amigo, disse esse é meu genro, Eduardo marido da Tânia, ele é um grande homem. Um homem de família, um grande executivo da empresa na qual trabalha. Aqui em casa todos só temos muito orgulho dele. Viu seu marido sorrir dizendo ao amigo de seu pai que era um prazer em conhece-lo, que não era para ligar para o que o sogro dizia a respeito dele, porque ele era apenas mais um trabalhador.
Tânia pensou em como seu marido era um homem bom, humilde. Tanto é que não havia guardado magoas de sua família pelo que fizeram com ele ao saber que ele era epilético e tomava remédio controlado para não ter crise de epilepsia. Pelo contrario, trabalhou muito até chegar aonde chegou à empresa para mostrar para sua família que ele era merecedor do amor, carinho de sua esposa. Ela sorriu pensando meu Deus obrigado por ter me dado o Dudu como marido.
Lucimar Alves