A CHUVA

Chovia. A euforia me envolvia de tal forma que foi impossível conter-me. Saí. Não bastava apenas ver a chuva, precisava senti-la. Os pingos caiam de maneira a massagearem minha face. O riso foi eminente. O incômodo de estar molhada se transformou num monólogo jubiloso. Percebi que ao redor anjos também comungavam da mesma alegria. O convite foi geral. No bailar de almas afins, a felicidade se fazia presente. Todos de mãos dadas num enorme círculo; energias que se plugavam, sonhos que se materializavam, amores que se fundavam. E a chuva caia.