E A ALMA DESABAFA

...Nossa relação parecia crescer cada vez mais, eu me sentia a cada dia melhor, porque, antes, eu precisava fingir ser quem os outros estão acostumados a lidar, mas com ela, com ela era diferente, eu apenas, sou eu mesmo, não preciso mostrar que estou bem, não preciso mostrar um sorriso falso. Mas de qualquer forma, eu sabia, que ela fingia ser aquela pessoa, eu sabia que ela tinha medo de mostrar como ela realmente é, IGUAL A MIM. Mas podia acontecer o que for, eu nunca sai de perto dela, deixei de andar e falar com muita gente que era praticamente de minha demasiada rotina.

Fiquei á olhando, tentando escutar aquilo que ela não dizia, pra falar a verdade eu tinha medo, tinha medo daquilo piorar mais ainda como ela se sentia, eu não tinha ideia do que era, mas sabia que era forte demais para contar a qualquer um como eu.

Tive que, mostrar que ela podia confiar em mim, permaneci ali ao lado dela, rindo junto com ela, discutindo outros assuntos corriqueiros. E vi meus frutos brotarem de sua voz, quando ela disse pra mim, que ela não era quem eu pensava ser.

Então falei:

-Você não sabe o que eu acho que você é;

-Então, o que você acha que sou? Ela respondeu.

-Não sei, mas vejo em seus olhos, um olhar profundo, um olhar distante e perdido, um fardo de alguém que não precisa de ajuda, mas pede. Enquanto eu falava, olhava fixo em seus olhos.