UM DIA

Quando engrena seu dia, quando passa ao suor do sol acima. Ele economiza palavras. Se faz de gestos moderados e olhares simpáticos. Se poe em cantos e penumbras. Aparente tranquilo, curioso. Administra desvios.

Logo se vê relaxando. Distraído depois inquieto. Consequente fugidio. Passou saiu.Volta sua economia vocal. Recomeça. Mas o sol agora desce, se escurece e esquece.

Passa, daí, a falar tudo que acontece. E jamais pararia, se o sol não retornasse, como também não falaria se pelo sol não esperasse.

lebris
Enviado por lebris em 30/06/2014
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